Por José Joacir dos Santos, fitoterapeuta
A maior preocupação com a preservação da floresta amazônica e os variados sistemas como o cerrado, a saúde do mar, dos rios, das montanhas e de todos os animais e reinos é simples: a vida no Planeta Terra só existe por causa das flores, animais, rios e mares. Para a parte da humanidade que pensa e tem inteligência, desflorestar é suicídio. Atear fogo nas florestas e poluir rios e mares é como matar a mãe. Infelizmente há milhares de pessoas raivosas e infelizes que se empenham em destruir tudo isso porque elas mesmas estão desabando como seres humanos. Fazem qualquer coisa para inflamar outras pessoas menos avisadas ou despreparadas para governar. E levam consigo muitas outras no grande turbilhão de destruição.
Cientista de várias partes do mundo apontam na mesma direção: é preciso cuidar do planeta e de tudo que tem aqui dentro para que a humanidade posso continuar viva e com saúde. A poluição e o assassinato das florestas só contribuem para o adoecimento de todos os seres vivos, inclusive os humanos. Cada vez que a floresta Amazônica é atacada, milhares de vírus ganham força na crosta terrestre. Aqueles assassinos florestais não conseguem perceber isso porque estão cegos de ódio, são regidos pelo ódio e seus mitos. A tv mostra imagens terríveis de inundações, desabamento de terras, morte de pessoas e as pessoas olham as imagens e não se recordam de que são as responsáveis por todas aquelas tragédias. Não é deus que destrói florestas: são as afiadas serras elétricas!
A ciência grita todos os dias que solo poluído e contaminado com agrotóxicos vai produzir doenças para a terra, o ar, os rios, o mar. Os oceanos estão cheios de plásticos e isso só aumenta todos os dias. Chuvas torrenciais e sem controle caem destruindo tudo pela frente porque derrubaram as árvores que absorvia o impacto das chuvas. A terra precisa de saúde para produzir frutos e, especialmente, árvores. Sem árvore não cai chuva regular e revitalizadora. Sem árvore cai tempestades que só produzem destruição. Os constantes deslizamentos de terras pelo país inteiro deveriam ser vistos como alerta de câncer. A natureza clama por socorro diariamente. A ignorância acha que é deus que desliza terras.
Solo adubado organicamente resulta em frutos fortes e saudáveis. Adubo orgânico, mais conhecido como cocô de vaca (de outros animais e aves) devolve à terra o insumo vital dela mesma. O Brasil é pioneiro no uso de homeopatia nas plantações para recuperar a saúde da terra. Redes sociais africanos dizem que “um elefante consome de 4 a 7% do peso corporal em alimentos, entre gramíneas, hortaliças, frutas e raízes. Considerando um elefante de 5 toneladas, isso dá 200 kg de alimento por dia!”. É também do conhecimento de trabalhadores de parques de animais africanos que o elefante muda constantemente de território, com sua família, para localidades diferentes para que a floresta onde se alimenta possa crescer, respirar e revigorar o pasto. Eles sabem que tudo no planeta depende de tudo no planeta. Um incêndio no Amapá vai ter consequências no Rio Grande do Sul etc. A areia do deserto africano do Saara já está causando desertificação no Rio Grande do Norte, Ceará, Pará e Maranhão, embora os governos desses estados pensem que aquelas dunas não belezas turísticas. Não conseguem pensar que precisam reflorestar urgentemente.
Para os estudantes da terapia floral, de homeopatia e de fitoterapia, a importância da preservação das florestas, dos rios, dos animais de todas as espécies, dos minerais e dos ecossistemas é simples: a medicina, seja qual for sua vertente, necessita da principal fonte de remédios: o planeta Terra. Não importa que os norte-americanos queiram ir para Marte. O principal objetivo da humanidade é salvar a Mãe-Terra. Nossos remédios estão nas florestas, nos rios, nos mares, na vida saudável de animais e minerais.
Solos preservados produzem alimentos e remédios sadios. Dos elefantes africanos às abelhas que visitam nossos jardins, somos todos um. A nossa saúde depende da tomada de consciência de cada ser humano. Às vezes, medidas drásticas precisam ser tomadas, por exemplo: colocar na cadeia garimpeiros irresponsáveis que invadem terras indígenas, destroem florestas, matam pessoas e animais.
A agricultura e todos os que dependem dela, seja aquele agricultor que planta ao redor de sua pequena cabana ou o grande produtor do agronegócio que exporta para o mundo inteiro, precisam aparar as arestas da ignorância e contribuir positivamente para a preservação de florestas, rios, mares, animais, minerais e, principalmente, a preservação da saúde na agricultura. Quem quer comer tomate inchada por agrotóxico? Agricultura e preservação do planeta não devem ser objetivo de política-partidária. A vida na terra não pode estar nas mãos de interesses mesquinhos de políticos preocupados apenas com o enriquecimento de suas próprias famílias. A agricultura é um bem da humanidade.
A Terapia Floral, a homeopatia, a fitoterapia e tantas outras áreas das diversas medicinas humanas, precisam, mais do que nunca, que as populações se envolvam, completamente, com a preservação ambiental. Precisamos da cobra que pica para curar seu próprio veneno. A nossa vida, e de todos os indígenas do planeta, depende disso e isso é urgente. Imagine você criar um floral com água duvidosa, da flor plantada com agrotóxico e venenos proibidos!
Nos dois últimos anos do governo, que finaliza sua administração em 31 de dezembro de 2022, eles autorizaram, segundo a imprensa, uma quantidade assustadora de agrotóxicos proibidos no mundo inteiro e que a essa altura já foram utilizados no agronegócio. Imagine você dar para o seu filho ou sua filha um abacate plantado em terreno contaminado. Imaginar é fácil de se tornar distração. Basta olhar, com o olhar de quem ver, o que já está acontecendo com as populações das periferias urbanas, cheias de poluentes, sem acesso a água potável e um ambiente limpo! É urgente! O tempo de negação acabou. Imagine o que já está acontecendo com os rios subterrâneos do cerrado brasileiro, campeão de plantações se soja! Acorda Brasil! Dezembro de 2022