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Doença mental não é escolha individual

Outros Assuntos/ Psicologia e Psicossomática/ Vidas Passadas/ Xamanismo

Por José Joacir dos Santos

Há consenso nos círculos de estudos internacionais no sentido de contestar tentativas de colocação das doenças mentais como escolha do indivíduo. As escolhas individuais, ao longo da vida, podem contribuir para o surgimento de doenças, mas há que se examinar as escolhas. Não, doenças mentais não resultam de deficiências morais (inclusive religiosas), falhas de caráter, sexualidade, fraquezas de personalidade ou más escolhas individuais. Pode ser um conjunto de coisas, inclusive de ordem espiritual (não religiosa), inclusive a reencarnação. A ciência sabe que o funcionamento anormal dos neurotransmissores no cérebro desempenha papel importante nas doenças mentais. Há muito ainda a ser estudado, sempre levando em consideração que cada pessoa é única, interna e externalmente.

Uma breve lida na história humana dá para avaliar como a doença mental foi definida erradamente, especialmente por preconceitos sociais, políticos e religiosos. A inquisição da Igreja Católica é um excelente exemplo disso. Tribunais eram formados até com acusadores para neutralizar pessoas inocentes e para imputar a elas crimes jamais cometicos com a falsa alegação de doente mental, possuído do demônio do mal e muitas outra atrocidades. Na história da Europa também há registros de grupos de pessoas que se juntavam para nominar pessoas como loucas ou bandidas ou qualquer outra coisa para tomarem suas terras férteis e os tribunais aprovavam porque era tudo combinado.

Pessoas eram presas em lugares escures, debaixo do chão, sem luz e sem comida até perderem a noção da realidade e começaram a adoecer mentalmente.

Há um ator famoso do cinema americano, com 70 anos, sofre de demência. A esposa atual escreveu livro contando toda a história e narra que há suspeita de que a demência seria a evolução da exposição física do autor a barulho de alta intensidade em local de filmagem. O incidente o teria deixado surdo e daí em diante houve evolução até o diagnóstico de demência frontal. Sempre há uma causa em todas as doenças, percebível ou não.

Alguém, em estado de depressão, pode até ter o desejo de enlouquecer e isso até aparece em canções e poesias, mas deve ficar só nessa esfera romântica, meio que embreagada. Obviamente que dependendo da intensidade, da frequência e da repetência desse desejo pode resultar em danos emocionais fortes, passíveis de interferência profissional psicológica. Mas, alguém nesse estado mental pode estar apenas tentando chamar a atenção ou parecer “diferente”. Ninguém, em sã consciência, quer enlouquecer porque a vida só faz sentido se vivida intensamente no estado presente, sem traços de loucura. A “loca vida” é falha no dicionário, no vocabulário.

Sim, a inteligência artificial da internet diz que “a loucura é entendida na psicologia e na psiquiatria como um afastamento da realidade causado por transtornos mentais, como esquizofrenia ou depressão profunda, que exigem assistência médica para recuperação do equilíbrio mental. Historicamente, a visão da loucura mudou de uma questão social para uma doença de ordem médica, com a psiquiatria surgindo para estudá-la e tratá-la”. Mas, infelizmente, a medicina alopática ainda se recusa a entender que as doenças mentais tem várias origens, inclusive a participação espiritual como o vampirismo.

Não tem nada mais penoso do que ver alguém em estado mental alterado. Doentes com Alzheimer, por exemplo, ficam totalmente dependentes da família e nem todos eles têm a sorte de ter uma família boa, paciente, cuidadosa, que se importa. Alzheimer é uma “doença cerebral progressiva que causa perda de memória, declínio cognitivo e alterações comportamentais” que exigem intenso amor da família. Sem amor, pessoas acabam sendo encostadas em abrigos e asilos… E não existe nada mais doloroso na mente do que a perda de referências.

Na psicologia budista, a “doença mental” ou sofrimento (dukkha) é entendido como uma “parte natural da experiência humana, decorrente da ignorância, do apego e da aversão. Essas raízes de sofrimento levam a um estado de mal-estar, que pode se manifestar como ansiedade, estresse e uma percepção distorcida da realidade. O caminho budista fornece uma estrutura espiritual para transformar a consciência e superar esses estados”, por meio de boas-práticas que buscam a paz interior e a libertação do sofrimento. Aversão significa repulsa a algo, manifestada como hostilidade, raiva ou desejo de afastar algo. Está inserida no que se chama “os três venenos” e causas do sofrimento, juntamente com ganância e ignorância. A aversão seria o incompreensão fundamental da realidade. O Budismo ensina que esse sofrimento pode ser combatido com a prática da paciência, da bondade amorosa (não aquela provocada pela culpa) e a atenção plena para o momento presente, o bem-estar, o progresso espiritualista.

Infelizmente, o planeta vai sofrer muito com a quantidade de pessoas que sofrerá de doenças mentais nos próximos anos, especialmente aquela geração envolvida com drogas.

29/09/2025, joacirpsi@gmail.com

 

 

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