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Palestina continua igual, como na época de Jesus

Outros Assuntos/ Vidas Passadas

Por José Joacir dos Santos, fotografia da coleção do autor.

Você está enganado (a) se pensa que a Palestina e Israel estão diferentes daquela de dois milênios atrás, quando Jesus vivenciou aquele episódio dramático da sua vinda ao Planeta, como parte de um grande projeto amoroso de Deus. Só a cerca do mapa mudou para um lado ou para outro. Judeia foi o nome que os romanos deram a toda a região que compreendia o equivalente hoje a Israel, Palestina e parte dos atuais vizinhos. Cerca de 360 anos antes de Jesus, Alexandre, aquele sujeito que vivia de formar tropas e invadir reinos e que a história ocidental-cristã o chama de “O Grande”, já tinha transitado por lá, mas não ficou muito tempo porque a região não tinha muito ouro e riquezas para ele levar nas suas andanças chamadas de “conquistas”.

Os gregos também se aventuraram a expandir territórios, como a Rússia de hoje e a União Soviética de ontem, e impuseram à região o idioma, costumes, arquitetura, formas de governar, filosofia, religião e moralidade. O que eles queriam era a “Grécia Grande outra vez”, como outros políticos na nossa era também querem seus países Grandes, não importa o que aconteça com os outros (o Brasil é cerca de 93 vezes maior que a Grécia atual, em área). A influência foi tanta que partes do Evangelho de Jesus foram escritas no idioma grego. Mas a Grécia era pequena, montanhosa, sem muitas terras férteis e fragmentada demais para controlar toda a região (como o foi o império português), perdendo seu poderio para outros grupos armados como persas e romanos.

Quando os romanos chegaram para ocupar aquela região já encontraram uma sociedade mista, diversificada, de várias raças, origens e idiomas. Como era de costume, o império romano logo nomeou um político, de família favorecida do império, para governar as províncias ocupadas. Atras das tropas do exército romano sempre vinha uma multidão de escravos, de vários calibres e especialidades, inclusive meninos e meninas prostituídos.

Em contrapartida, na região ocupada já havia judeus de várias seitas judias (liberais e ortodoxos), inclusive os chamados gentios (os latinos de hoje nos EUA), mais aqueles que estavam acostumados a se adaptar a cada invasor novo. Junte a essa população aquela que flutuava, formada de comerciantes estrangeiros de todas as raças a peregrinos, curiosos, os sem terras, e outras categorias que viam em Jerusalém a São Paulo brasileira. Havia muitas tribos nômades.

Os judeus em Israel dividem-se, hoje em dia, em “grupos étnicos e regionais como Asquenazes (origem europeia), Sefarditas (origem ibérica) e Mizrahim (Oriente Médio e Norte da África), e por correntes de pensamento religioso, como o Judaísmo Ortodoxo, Reformista e Conservador”. Há árabes-judeus e judeus-cristãos. “Essas divisões refletem diferentes tradições culturais, linguísticas e interpretações da prática religiosa dentro do Estado judaico”, prato cheio para guerras.

Quando os romanos invadiram a região tiveram o cuidado, por questão de interesse e de sobrevivência, de se associar aos grupos judeus endinheirados que mantinham o chamado Templo do Monte, o maior templo judeu de toda a região. Pouco importava para os romanos a linha ideológica ou religiosa deles. Importava se eram ricos. A distância social entre as classes ricas e pobres judias era muito grande. O mundo daquela época achava a escravidão uma coisa normal. Jesus era judeu, mas o povo de sua região era chamado, pelos próprios judeus, daquele nome que os cariocas deram a quem imigrou do Nordeste nos anos 50: os paraíbas. Quer dizer, os menores, os inferiores, os indesejados…

Quem ler a Bíblia tem a impressão de que os acontecimentos nela narrados tiveram lugar em espaços grandes, extensos, como aqueles onde foi filmada a série “the Chosen” (O Escolhido), no Texas/EUA) – a vida de Jesus. A Galileia, por exemplo, era uma pequena região, banhada pelo chamado Mar da Galileia (é um lago de água doce, onde Jesus caminhou sobre as águas), de população pobre, agricultora e pescadora, próxima a Jerusalém (175km). O lago também funcionava como via de transporte na região.

Jesus pregou muito tempo nos arredores de Cafarnaum, “município” da Galileia, banhado pelo lago. A região da Galileia era governada pelo famoso Herodes Antipas, o tetrarca que desempenhou papel nas execuções de João Batista e Jesus. Como alguns parlamentares brasileiros dos dias atuais, Herodes atirava para onde fosse certo o lucro. Era apoiado pelos romanos e apoiava, sem pestanejar, todos os negócios sujos dos romanos – de olhos fechados.

Não confundir com o Santo Antipas, um fiel mártir cristão da cidade de Pérgamo, mencionado no Livro 2 (Revelação) verso 13, do Apocalipse. Santo Antipas foi queimado vivo, e viveu na mesma época do Apóstolo João. Ele viveu em Pergamos, hoje chamada de Bergama (Turquia), patrimônio histórico da humanidade.

O Templo do Monte, centro de todas as brigas entre facções judias e não judias (hoje disputado entre judeus e muçulmanos), foi destruído entre 587/586 a.C. pelo rei persa babilônico Nabucodonosor. Ele não só destruiu o templo, mas também levou parte da população judia para servir de escravos (durou 50 anos) na Babilônia (mil km de distância para Jerusalém), até perder o trono para Ciro, que libertou os judeus. Afetada emocionalmente pelo exílio, a população judia voltou para Jerusalém e reconstruiu o templo. Mas o exílio provocou diáspora entre judeus, com repercussões na cultura e religião. Surgiram as sinagogas e o judaísmo rabínico, uma tentativa de organizar e estruturar mas acabou virando uma ditadura religiosa. Os judeus rabínicos rejeitaram Jesus porque ele não tinha o diploma de rabino, que eles impuseram à população.

A formação rabínica ocorria em academias farisaicas e sinagogas, que funcionavam como centros de estudo da lei judaica. Quando Jesus tentou pregar nas sinagogas, os rabinos reagiram contra. Cadê o diploma de rabino? Sem diploma, Jesus passou a pregar nas vilas, montes e o povo adorava porque ninguém cobrava a carteira de identidade para imigrantes regionais ou estrangeiros. Ao mesmo tempo, grande parte dos rabinos ficou atônita com a sabedoria de Jesus, até mais que todos eles, sem nunca ter se formado na escola rabínica.

Um homem tão perigoso, como era chamado por muitos rabinos, representava ameaça, entre outras, à grande fonte financeira do Templo do Monte. Além disso, Jesus questionava crenças, textos antigas e pregava uma coisa contagiosa chamada amor. Jesus não tinha preconceitos contra ninguém, não discriminava ninguém, valorizava as mulheres e tudo isso mexia demais com a cabeça dos rabinos, que queriam manter seus costumes antigos (apedrejamentos, olho por olho, roupas cobrindo o corpo, totó no cabelo, homem pra lá, mulher pra cá, sacrifícios com sangue etc.).

Embora tivessem passado pela experiência terrível da escravidão, parte do povo judeu continuava a separar pessoas pela raça, cor, religião, procedência, trajes etc. Jesus tinha a coragem de dizer: amai-vos uns aos outros e isso incomodava muito. Hoje, certamente seria apedrejado ou sofreria todo tipo de bullying.

A ciumeira levou à crucificação de Jesus, e isso salvou o caixa do templo e tudo ficou como os romanos queriam, pelo menos por um tempo. Por ironia do destino, os grupos terroristas que atuariam na Palestina de hoje (a região de Gaza é do tamanho de um quarto da cidade de São Paulo) teriam o apoio do Irã, hoje uma república muçulmana. O antigo império persa dominava desde a Ásia Central até a costa do Mediterrâneo, incluindo partes da Europa Oriental e da África do Norte. Era diversificado e tolerante.

Hoje, Israel, grande potência da região, é chamado de opressor, enquando judeus foram mortos e muitos outros estão no cativeiro de grupos e facções pro-Irã, numa guerra sem fim, onde milhares de pessoas morreram e ainda vão morrer – dos dois lados.

O povo palestino, que se mostrou incapaz de se livrar de tais grupos e facções terroristas infiltrados na população, está à beira da morte. Muitos países ricos financiaram os terroristas, assim como outros financiaram Israel. Não foram capazes de separar o povo palestino dos grupos armados estrangeiros antes de financiar a guerra. O povo palestino passa fome, inclusive muçulmanos e cristãos. Quem é pior, quem joga a bomba pra lá ou quem joga a bomba pra cá?

Ninguém saberia dizer quem esconderia a comida destinada ao povo palestino, encaminhada por organizações humanitárias com o apoio da ONU. Os israelitas continuam a viver com medo de mísseis e bombas. Com Gaza destruída, os palestinos correm de um lado para outro com panelas vazias nas mãos. Células terroristas continuariam a atuar.

A história se repete e continua porque é assim que caminha a humanidade, que não perde uma oportunidade para se autodestruir.

Hoje, Cafarnaum é apenas um pequeno Parque Nacional Kfar Nahum (ou Kfar Nahum, filho de Nahum), considerado sítio arqueológico na costa noroeste do Mar da Galileia, no atual Israel, administrado pela Autoridade de Parques e Natureza de Israel e pela Custódia Franciscana da Terra Santa. Entre as ruínas, a atração do lugar seria o que resta de uma sinagoga do século IV e da casa do apóstolo Pedro, onde Jesus fez pregações. Mateus, Marcos, Lucas e João fazem referência a Cafarnaum como lugar onde Jesus operou milagres como a transformação de água em vinho e a utilizou como parada entre suas viagens na região. Acredita-se que lá viviam cerca de mil pessoas.

30/08/2025

 

 

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