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Computador e celular afetam o sono

Outros Assuntos/ Psicologia e Psicossomática

Publicado no jornal El Pais, de 22/07/2019

Por David Dorenbaum, psiquiatra e psicanalista.

Os sonhos são a paisagem do nosso mundo interior. Enquanto dormimos, nossa imaginação transforma o real, e dessa maneira nos dá um contexto para a experiência diurna. A mente, em sua agitação noturna de imagens e histórias, cria um incessante jogo de esconde-esconde com os sentimentos, com a memória e com nossos interesses e preocupações do dia. Apesar de serem intrinsecamente ambíguos e estarem abertos a múltiplas interpretações, os sonhos têm uma gramática que nos oferece um panorama da arquitetura da mente e das camadas entretecidas de elementos psicológicos que a compõem. Nelas, a atualidade e as vivências do passado recente e remoto convergem em formas notavelmente fluidas.

Sigmund Freud observou que uma das propriedades do inconsciente é a tolerância às contradições. Elas aparecem com frequência nos sonhos e nos mostram uma habilidade especial da mente para associar coisas que aparentemente carecem de características comuns. O sonho cria novas categorias que de outro modo nunca teríamos notado. Isso não é raro, é parte de sua estranheza comum. Já aconteceu com todos nós: como quando sabemos nesse estado que alguém é o nosso melhor amigo, mesmo que não se pareça com ele. Em outras circunstâncias, insistiríamos em corrigir o mal-entendido, mas não aqui. O sonho é uma experiência subjetiva fora do nosso controle, que nos oferece uma apreciação da interação íntima entre nosso mundo interior e o mundo social em que nos locomovemos.

Por este prisma podemos penetrar nos mistérios da mente e em sua relação com a cultura e a tecnologia. É extraordinário que Freud descobrisse esta chave nas atividades mentais de uma pessoa adormecida. Os sonhos como guia do inconsciente foram a base de suas teorias sobre os pensamentos reprimidos, que afloram enquanto dormimos. O professor de psicologia Daniel Wegner, de Harvard, sustenta que essa descoberta de Freud cria uma ponte com os avanços atuais das neurociências cognitivas. Estudos de imagens cerebrais confirmaram: a desativação da função inibitória da área pré-frontal do córtex cerebral durante o sono permite liberar os pensamentos que foram suprimidos durante a vigília e que contêm fatos relacionados com a memória reprimida.

Ao ligar os aparelhos logo depois de acordar, as imagens digitais substituem o que vivemos enquanto dormíamos

A maioria das pesquisas do sono concorda que ele promove o processamento cognitivo e contribui para a plasticidade cerebral. E que a falta de sono altera a transmissão de sinais no hipocampo, que é a área do cérebro onde se processa a memória em longo prazo. Estas observações foram confirmadas em outras espécies. Os estudos com moscas Drosophila realizados por Jeff Donlea e seus colaboradores da Universidade de Washington mostram que o sono não restaura apenas a capacidade de aprendizagem, mas também melhora a duração das lembranças.

Entretanto, apesar do papel central dos sonhos nos processos mentais, seu significado veio se transformando sob o efeito da tecnologia, porque ela tem a capacidade de nos desvincular do nosso mundo interior. As imagens desses contextos empalidecem em comparação às da realidade aumentada à qual estamos constantemente expostos por meio dos dispositivos inteligentes. É como se fôssemos absorvidos por uma corrente de sonhos pré-fabricados. Fica difícil neutralizar a sobre-excitação que eles causam em nosso cérebro. O uso prolongado do computador, do celular ou da televisão altera o ciclo do sono e transformou a noite praticamente em um dia virtual. Por outro lado, ao ligá-los imediatamente depois de acordar, os sonhos e suas ressonâncias diurnas são deslocados pelas imagens digitais, que disputam nossa atenção e acabam nos seduzindo.

 O uso prolongado de computadores e celulares afeta o seu sono desta forma. Não obstante, os sonhos continuam sendo a realidade virtual original. São uma experiência intensamente pessoal, e por isso extremamente relevante. Mantêm nossa mente aberta a perguntas nunca antes formuladas, permitem explorar tabus e a falta de sentido, sem que ninguém nos observe nem nos julgue; dão uma imagem a situações que geram ansiedade e a eventos traumáticos, o que ajuda a processá-los. Enquanto sonhamos, nossa experiência noturna nos induz a vislumbrar o vasto reino da imaginação e do pensamento criativo. Como afirma o psicanalista Thomas Ogden, os sonhos permitem brincar livremente com as ideias fora do entorno do controle consciente. Esta liberdade de sonhar é possível graças à proteção da privacidade.

Para o nosso cérebro, o simples fato de ter sonhado já é suficiente, mas aqueles que de vez em quando recordamos podem nos beneficiar significativamente em nossa vida diurna e nos ajudar a refletir sobre seu conteúdo. O que está em jogo é uma conexão essencial com nosso mundo interior. Que pensamentos vêm à mente? Que emoções provocam? O que pode ter precipitado o sonho daquela noite? E se ao despertar a lembrança se evapora, não é preciso se preocupar. De fato, só recordamos cerca de 10% deles. Pense que, afinal de contas, são apenas sonhos.

Nota do editor deste site: Não confundir sonho com viagem astral. O autor afirma que “sonhos são a paisagem do nosso mundo interior”. A linha divisória entre sonho e saída do espírito do corpo físico é muito tênue. As vezes um sonho se transforma em viagem e viagens pode ser confundidas com sonho. Pessoas que se alimentam de conteúdos rígidos, com o da Bíblia, e/ou usam drogas e medicamentos para dormir tem mais dificuldade de sonhar, lembrar do sonho e saber a diferença entre um sonho e uma viagem astral ou os dois juntos. Além disso, são mais vulneráveis ao esquecimento. No caso das ideologias religiosas e lavagens cerebrais feitas com a Bíblia, o consciente/inconsciente freia a informação do sonho e da viagem astral para satisfazer a sombra emocional/mental da pessoa.

Precisa-se de monges

Outros Assuntos

Por José Joacir dos Santos

mongeA única maneira de não perder o equilíbrio com a convivência entre as pessoas é se isolar em uma montanha como faziam os monges tibetanos e ainda o fazem algumas ordens religiosas católicas. Qual o benefício do isolamento? Os monges tibetanos deixaram de fazer isso, há muito tempo, com exceções, porque perceberam que só se beneficia com o isolamento, parcialmente, a própria pessoa e isso não faz muito sentido já que o nosso compromisso é com a humanidade. Qual é o mais importante: rezar pela humanidade em casa ou sair pelas ruas querendo evangelizar as pessoas à força ou com chantagens em nome de Jesus? Será que os exércitos das cruzadas não foram suficientes?

Cada indivíduo tem responsabilidade sobre a humanidade inteira e sobre os coletivos cármicos. Quem nasce no Brasil, por exemplo, é co-responsável pela violência atual. Outro aspecto questionado pelos monges mais abertos é: o isolamento nesta vida atrasa todo o processo de evolução espiritual das vidas futuras. A conclusão é a de que o mundo necessita, hoje, com urgência, é de monges nas ruas – e o Papa Francisco concorda, mas a hierarquida da igreja tenta puxar para trás.

O processo evolutivo individual é de extrema importância mas perde a relevância quando não beneficia o coletivo humano, já que o Planeta necessita de todos para o fortalecimento dos pilares de luz que sustentam a Terra. Então, é necessário conviver com as pessoas para que o coletivo se ilumine e contribua para a ascenção do Planeta Terra. Cada pessoa que comete assassinato ou se suicida é uma trava que é erguida do progresso de toda a humanidade.

A atual violência cometida por extremistas religiosos, gangues, assaltantes, narcotraficantes, em atos que fogem ao conceito de humanidade, não beneficia nem a eles nem à religião que leva a culpa. Todos os seres espirituais atrelados a esse movimento estão sendo empurrados para a escuridão dos mundos inferiores, os quais a luz não tem acesso. Por isso, é urgente que todas as pessoas que trabalham com a luz renovem seus esforços diários nas orações e na prática da bondade, inclusive emitindo pensamentos otimistas e felizes.

Quanto mais a gente se trabalha emocionalmente mas tem o que ser trabalhado. Não existe o estado de aposentadoria porque a emoção está interligada com o estado espiritual e ambos atuam no corpo físico – o espírito também não se aposenta. Não me surpreende quando alguém diz que ¨quanto mais rezo mais assombração aparece¨. Não nos libramos fácilmente da interdepêndencia humana. O isolamento pode pior tudo.

Mesmo querendo, não conseguirmos nos isolar mentalmente. Há quem tenha dificuldade de entender como o pensamento negativo de alguém que cruzou nosso caminho em algum momento desta vida possa ficar enganchado no nosso corpo energético, atrapalhar o corpo emocional e acabar se psicossomatizando no corpo físico sem que a gente se dê conta que a pessoa existiu. Esses enganchamentos são tão sutis e impercebíveis que podem levar anos para se manifestar e serem notados. A pior momento dessas energías presas é quando se materializam na forma de doenças físicas e mentais.

Pense agora no lixo energético que se acumula em ambientes de trabalho onde o ego das pessoas é a chave de motivação das vidas delas ou em uma família desencontrada que vive brigando. E o que acontecerá com as relações afetivas que se desenlaçam da pior maneira, com agressões verbais e até físicas e que podem evoluir para mortes? Um simples desentendimento em uma loja, na rua, pode ficar conosco para sempre. E a contaminação dessas pessoas que participam de manifestações?

Jamais poderia imaginar que a energía de um assaltante pudesse ficar presa na vítima ou ainda a de alguém que lhe detesta sem que você sequer tenha conhecimento! Tudo isso faz com que as relações humanas sejam a parte mais difícil deste Planeta e que a gente tenha que lutar pela evolução espiritual paralelamente com a carga de emoção que colocamos em todas os nossos contatos diários com as pessoas. Somos atacados e contaminados energeticamente todos os días. Nesse assunto não existe anjos nem ninguém está imune.

É importante dedicar mais tempo à limpeza física-mental-espiritual para que o nosso corpo emocional esteja equilibrado e a lixeira o mais próximo possível do esvaziamento. Psicoterapias e terapias energéticas ajudam nisso, mas não podemos descartar o conhecimento e o trabalho dedicado de inúmeros xamãs, país-de-santo, rezadeiras, centros espíritas, monges e até sacerdotes, cada um calibrado no nível que o universo criou porque há energía que só se movem com intervenções físicas de quem sabe.

Há milhares de monges e regiosos de várias religiões e organizações que vivem parcialmente presos mas dedicam aquele tempo a rezar pela humanidade. Graças a essa gente, a energía da Terra pode respirar em intervalos de paz, mas é muito pouco ainda. Precisamos rezar, mais, cada um de nós, cada um à sua maneira, porque não podermos deixar esse assunto na responsabilidade daqueles grupos. Estamos na era da co-responsabilidade e isso significa que todos nós precisamos rezar mais e influenciar mais no pensamento positivo do coletivo humano. Não seria melhor dizer orar? Bobagem, isso é só questão se semántica, o importantante é a ação.

Está difícil, tem muitas guerras acontecendo, inclusive nas ruas do Brasil, e por isso mesmo não podemos ficar passivamente assistindo como se não fosse conosco. Rezemos mais, em nossas casas, nos ônibos coletivos, nos trens, nas paradas de ônibus, em todo lugar. O mal pode vencer se a gente se acovardar. Ser monge ou emissor da luz não requer uma roupa nem um lugar especiais. Apenas requer a vontade e a consciência de ser. Ao invés de você sair pelas ruas tentando evangelizar outras pessoas à força, ou com chantagens emocionais em nome de Deus, fique em casa e reze pela humanidade.

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