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Pansexual, o que é? Freud já tentava explicar

Psicologia e Psicossomática

Por Emanuella Grinberg, da CNN, em 11 de junho de 2021 às 21:25

O conceito de pansexualidade existe desde a época de Sigmund Freud, mas foi preciso que estrelas como Miley Cyrus, e mais recentemente Bella Thorne, trouxessem o assunto à tona e torná-lo moda novamente no século 21. A palavra pansexual está entre os termos mais pesquisados no Google, desde que a estrela pop se declarou pansexual em uma entrevista para a revista “Paper”. Ela disse: “Estou aberta a tudo que envolva consentimento, que não envolva um animal e desde que todos sejam maiores de idade. Qualquer coisa, que seja legal, está bom para mim. Concordo em experimentar com qualquer adulto, qualquer pessoa com mais de 18 anos que queira me amar. Não me identifico como menino ou menina e não preciso que meu parceiro se identifique como menino ou menina”. “Eu gosto de garotas sexy, gosto de caras sexy”, disse Thorne. “Eu gosto de sensualidade em geral, sabe?”.

Especialistas e sociólogos dizem que essas descrições resumem a interpretação contemporânea do pansexual, que às vezes pode ser chamado de omnisexual. É quase a descrição mais ampla possível de por quem você se sente sexualmente atraído, o que é exatamente o que chama a atenção de uma geração mais jovem, que se sente confortável com a fluidez de gênero e que não gosta muito de rótulos. Você ainda está confuso? Aqui estão algumas informações para começar:

Pansexual se refere à atração sexual

O termo pansexual é composto pelo prefixo pan-, que significa tudo e a palavra sexualidade, que indica que as pessoas que se consideram pansexuais não restringem sua sexualidade ao gênero oposto (heterossexualidade), ao mesmo gênero (homossexualidade) ou gêneros binários, masculino e feminino (bissexualidade). A origem do termo pansexual é geralmente encontrada no pansexualismo, um termo popularizado por Sigmund Freud no início do século 20 e usado para descrever a visão de que a maioria dos comportamentos humanos deriva de instintos sexuais, explicou Justin R. Garcia, professor assistente de Estudos de Gênero e pesquisador do Instituto Kinsey da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.

A maioria dos cientistas comportamentais, da atualidade, não acredita que tudo o que fazemos tem base sexual. No entanto, o trabalho de Freud levantou questões importantes sobre a direção dos desejos sexuais, disse Garcia. Além disso, ele nos deu uma palavra que evoluiu ao longo do tempo. Atualmente, o termo pansexual é usado para descrever uma atração romântica ou sexual focada em qualidades ao invés de sexo ou gênero. Em outras palavras, alguém que se considera pansexual é capaz de se sentir atraído por vários sexos e identidades de gênero, disse David Bond, vice-presidente de programas do Trevor Project, um grupo de intervenção em crises LGBT. “Talvez tenha a ver com a pessoa por quem você sente algo, ou por quem se sente atraído e esses dois fatores podem ser paralelos ou diferentes”, disse ele.

Pansexual é diferente de bissexualidade

Bissexualidade se refere a pessoas que se sentem atraídas por homens e mulheres. À medida que mais e mais pessoas se enquadram em algum ponto do espectro entre homens e mulheres, a pansexualidade surgiu como uma categoria que inclui todas as outras. “As pessoas estão aderindo porque bissexual participa do gênero binário. Pansexualidade é uma maneira de superar isso e um reconhecimento pessoal de que existem atrações em toda a gama de gêneros”, escreveram Patricia Johnson e Mark Michaels, autores do livro “Designer Relationships: A Guide to Happy Monogamy, Positive Polyamory and Optimistic Open Relationships”.  “Embora seu alcance e aplicação sejam amplos, também tem a vantagem de referir-se a toda uma gama de atrações, ao invés de se apegar à ideia de que a atração só pode ser pelo mesmo sexo, pelo sexo oposto ou por ambos. Essa qualidade inclusiva lhe dá um significado muito específico”.

Algumas pessoas preferem isso em vez da bissexualidade porque abrange atração por homens, mulheres, pessoas trans e pessoas intersex (aqueles nascidos com um sexo que não se encaixa nas definições típicas de homem ou mulher). No entanto, alguns especialistas em sexualidade afirmam que o termo bissexualidade também inclui essas categorias, então a distinção entre pansexual e bissexual permanece aberta à discussão e nenhum consenso foi alcançado sobre o termo mais apropriado.

Pansexual não é algo novo, mas está na moda novamente

O termo tende a entrar na consciência do público por meio de celebridades e a cantora pop Miley Cyrus é quem conquistou o título mais recentemente. A estrela pop seguiu o exemplo de outras pessoas notáveis, que recentemente se tornaram pansexuais, incluindo a personalidade transgênero do YouTube Jazz Jennings e a legisladora texana Mary Gonzalez. Os especialistas atribuem a popularidade crescente do termo, especialmente entre os ‘millennials’ e a Geração Z, à crescente aceitação da diversidade sexual e de gênero, bem como às normas de gênero neutras. “É uma palavra ampla e isso ocorre porque as pessoas querem liberdade para se identificarem da maneira que quiserem, sem que ninguém as rotule”, disse Michael Aaron, psicoterapeuta e terapeuta sexual. “Tem certa ressonância cultural porque é muito amplo e permite grande flexibilidade e liberdade de decisão”.

https://cnnespanol.cnn.com/2021/03/31/que-es-pansexual-significado/

Nota do editor: É mais um modismo na linha daquilo que hoje se chama “celebridades”. Pessoas que a mídia faz, temporariamente, famosos, embora não tenham conteúdo social, moral e intelectual sólido e plausível. Até drogados se tornam “celebridades”. Esses modismos, inventados pela mídia estadunidense e copiado pela brasileira, tem um objetivo subliminar. Reflete a tentativa de reinventar algo que a própria sociedade reqrimina, suprime, reprime e não tolera, como a homossexualidade, e de perpetuar a influência, pouco positiva, da mídia estrangeira. Nos anos 1990, por exemplo, quem não queria (ou não podia) se declarar homossexual inventava ser bissexual. Na cama e no escuro da noite todos são iguais. E não é preciso temer o que não dá para esconder. Freud também se escondia e tentava se explicar.

Por que homens héteros fazem sexo com homens

Psicologia e Psicossomática

gayartigo

Por Miguel Ángel Bargueño (*)

Sim, você leu certo: homens que fazem sexo com outros homens e não são homossexuais. É mais habitual do que se pode imaginar. E é bem simples: um homem heterossexual conhece outro (num bar, numa rede social, tanto faz) e eles decidem fazer alguma brincadeira sexual. E, como se não bastasse, gostam. Depois, cada um segue com sua vida perfeitamente hétero, sem que o encontro os faça duvidar da sua orientação. O que leva alguns homens a essas práticas? E por que é incorreto catalogá-los como gays?

Hoje em dia, a aceitação da diversidade sexual é muito maior do que no passado. “À medida que há uma maior tolerância, todos saímos um pouquinho dos nossos armários”, argumenta o psicólogo, psicoterapeuta e sexólogo espanhol Joan Vílchez. “Homens que não chegam a se sentir muito satisfeitos sexualmente podem ter a chance de manter relações com outras mulheres, com um homem, ou de experimentar certas práticas que em outros tempos eram mais censuradas.” Para Juan Macías, psicólogo especializado em terapias sexuais e de casal, “conceitos como heteroflexível ou heterocurioso estão permitindo aos homens explorar sua sexualidade sem a necessidade de questionar sua identidade como heterossexuais”. Por outro lado, a Internet facilita o contato, que pode ser virtual ou físico.

A orientação sexual é construída socialmente, são categorias rígidas e excludentes, com implicações que afetam a identidade individual e social”

Os especialistas acham isso a coisa mais natural do mundo, pois partem da premissa de que uma coisa é a orientação sexual de um indivíduo, e outra as práticas que ele realiza. “A orientação sexual”, explica Macías, “é construída socialmente, são categorias rígidas e excludentes, com implicações que afetam a identidade individual e social”. Forçosamente, alguém precisa se encaixar em alguma destas três classificações: heterossexual, homossexual ou bissexual. Por outro lado, “a prática sexual é mais flexível e mais livre, é um conceito descritivo. Um espaço tremendamente saudável na exploração do desejo se abre quando a pessoa se liberta da identificação com uma orientação sexual”, diz Macías.

Isso é tão natural que vem de longe. Na Roma antiga, não era raro que um homem comprometido com uma mulher mantivesse um amante. Por não falar do que acontecia nos bacanais. E jovens de todas as épocas recorreram a passatempos com uma conotação sexual difusa. “Na adolescência é bastante comum que haja jogos de certa forma associados aos genitais: ver quem urina mais longe, ver quem tem o maior, existem toques…”, diz Vílchez. “Não deixam de ser incursões homossexuais, mas ainda prepondera o modelo heterossexual, e acontecem a partir da transgressão própria da juventude”, observa o psicólogo.

Um novo modelo: SMSM

Em 2006, um estudo sobre a discordância entre comportamento sexual e identidade sexual realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York revelou que 131 homens, de um total de 2.898 entrevistados, admitiram ter relações com homens apesar de se definirem como heterossexuais. Pelos cálculos dos especialistas, esse grupo representa 3,5% da população. Há anos, os médicos empregam a sigla HSH para se referir ao conjunto dos homens (héteros ou gays) que fazem sexo com outros homens. Mas, recentemente, aflorou outro acrônimo mais preciso para definir esse grupo: SMSM (“straight men who have sex with other men”, ou homens heterossexuais que fazem sexo com outros homens). Sites como o Straightguise.com se dedicam ao tema.

Em julho, saiu os EUA o livro Not Gay: Sex Between White Straight Men (“Não gay: sexo entre homens brancos heterossexuais”), em que a professora Jane Ward, da Universidade da Califórnia, fazia a seguinte colocação: uma garota hétero pode beijar outra garota, pode gostar disso, e mesmo assim continua sendo considerada hétero; seu namorado pode inclusive estimulá-la a isso. Mas e os rapazes? Eles podem experimentar essa fluidez sexual? Ou beijar outro garoto significa que são gays? A autora acredita que estamos diante de um novo modelo de heterossexualidade que não se define como o oposto ou a ausência da homossexualidade. “A educação dos homens tem sido bastante homofóbica. Fizeram-nos acreditar que é antinatural ter esses impulsos por outros homens”, explica Vílchez.

Experimentando, experimentando

O perfil mais estendido é o do explorador sexual: aquele a quem gosta de provar coisas novas

As motivações, logicamente, são múltiplas. O perfil mais difundido é o do explorador sexual, que gosta de provar coisas novas. “Experimentar uma relação homossexual é uma novidade para ele e, mesmo que ele goste, não podemos dizer que seja homossexual, e sim que goste dessa prática”, diz o médico de família e sexólogo Pedro Villegas. Vílchez compartilha dessa ideia. “A bissexualidade está muito na moda, e na verdade somos todos bissexuais: se você fechar os olhos, dificilmente conseguiria identificar quem está lhe acariciando, se é um homem ou uma mulher. Não há um homem que seja 100% homossexual, nem 100% heterossexual”, sentencia.

Outra das causas é um desencanto com as mulheres, frequente depois de alguns rompimentos conjugais. Vílchez explica: “Quando um casal heterossexual está em crise, é habitual que alguns homens sintam que não se entendem com as mulheres, que são incapazes de se dar bem com elas, e é como se olhassem para o outro lado. Acontece uma espécie de regressão, volta-se a um estágio anterior no qual os homens se sentiam bem juntos, como na adolescência. Em muitos casos é uma necessidade mais afetiva do que realmente sexual”.

De fato, para esse especialista, essas relações eróticas às vezes escondem uma necessidade de afeto que o homem não está acostumado a expressar. “Nos homens há muita tendência à genitalização. Entre a cabeça e os genitais há o coração, que representa os sentimentos, e os intestinos, que simbolizam os comportamentos mais viscerais e as emoções mais intensas, e é como se os homens tivessem aprendido a fazer um desvio: passamos da cabeça diretamente para os genitais, sem viver plenamente as emoções. No caso das mulheres, por tanta repressão da sua sexualidade e por medo da gravidez, acontece o contrário: elas têm muita dificuldade de genitalizar. Para um homem às vezes é mais fácil fazer isso do que expressar emoções mais sutis ou dizer a outro homem: ‘É que me sinto inseguro, tenho medo, sinto-me frágil, não sei o que quero’.”

O impulso narcisista

Entre os homens héteros que vão para a cama com outros homens também há muitos narcisistas. “É aquele sujeito que gosta que prestem atenção nele. Acontece muito nas academias de ginástica: ele gosta de despertar admiração, e não se importa se isso provém de homens ou mulheres”, aponta Eugenio López, também psicólogo e sexólogo. Outros simplesmente têm vontade de transar e recorrem a inferninhos gays, porque acham que lá será mais fácil.

Há homens heterossexuais que se envolvem com homens porque gostam; outros, por falta de alternativas – pensemos nos que são privados do contato com mulheres por períodos prolongados (será que eram mesmo gays os caubóis de O Segredo de Brokeback Mountain?). “O ser humano se rege por seus pensamentos”, argumenta López. “E, se ele acreditar que está perdendo sua sexualidade pela falta de uma mulher, pode reafirmá-la com outro homem. Costuma começar com um simples roçar.”

Se não houver conflito, não há problema

Alguns desses neo-heterossexuais podem ter sentido impulsos desse tipo no passado, mas sem se atreverem a dar o passo. “Aí vêm as circunstâncias da vida que colocam isso de bandeja e eles decidem viver a experiência, mas isso gera um conflito para eles, porque por um lado lhes proporciona prazer, mas por outro ameaça um pouco seu status e sua imagem: ‘Sou ou não sou?’, perguntam-se”, comenta Vílchez. Também podem ficar confusos aqueles que chegam ao SMSM pela carência de uma figura paterna positiva na sua infância: “Às vezes, para reforçar sua masculinidade, integram-se a atividades ‘de homens’ (futebol, musculação) ou têm contatos sexuais com outros homens, mas o que procuram é sobretudo compreensão e carinho”, acrescenta. Os psicólogos são unânimes em dizer que sua intervenção é dispensável quando essas experiências não provocam um conflito no indivíduo. “Se não estão incomodados, não há nada para tratar”, conclui Villegas. (*) Publicado no jornal espanhol El País, de 28 de agosto de 2015

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