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Tranca ruas do ódio, antidemocráticos

Psicologia e Psicossomática

Por José Joacir dos Santos

A luminosidade de uma lâmpada pregada no teto ou de um candieiro a querosene fica limitada ao espaço onde isso acontece. Já uma luminária aposta em um poste de luz de uma rua, embora não consiga clarear a imensidão do espaço onde se encontra, é vista de vários ângulos no seu entorno. Da mesma forma, a luz que ilumina o nosso espírito eterno se adapta às dimensões físicas e condições ambientais do corpo físico. Sua expansão vai depender da evolução e desenvolvimento da mente, do entendimento, do conhecimento e tudo isso também depende das condições psicossociais onde o indivíduo nasce e cresce. A paz interior é único caminho para a abertura dos portais da iluminação. Não há luz onde atua a violência e o radicalismo político-religioso.

São raros os seres humanos que nascem iluminados e não necessitam de esforço algum para que sua luz brilhe e tenha força suficiente para emitir seus benefícios de paz e saúde mental ao seu redor. No Budismo tibetano há toda uma cultura dedicada ao desenvolvimento espiritual, algo muito parecido com o Kardecismo brasileiro, embora esse tenha a desvantagem de não ter uma cultura solidificada na sociedade como o Budismo tem.

Elevados ao poder pela extrema direita, grupos radicais que se dizem cristãos, apelidados pela internet de “tranca ruas”, seguem em caminho contrário ao da história humana e, equivocadamente, acreditam “em deus acima de tudo”. Ignoram totalmente as lutas pela solidificação da nação brasileira, inclusive em passado recente. Quem acredita que Deus ficaria de um lado da humanidade em detrimento do outro lado? Estaria Deus do lado dos nazistas que assassinaram milhares e milhares de judeus, cristãos, ciganos, gays e negros antes, durante e depois da segunda guerra mundial?

Em vez trabalharem pelo desenvolvimento da consciência humana e, consequentemente, pela evolução espiritual, esses grupos, apoiados por supostos cristãos, se mesclam com ideologias políticas que Jesus jamais aprovaria, como o nazismo. Repetem gestos e símbolos nazistas erguendo a bandeira de Israel. Felizmente os governos da Alemanha e de Israel condenaram, de público os “tranca ruas”. Aqueles grupos não só estão na contramão da história e das necessidades da maioria da população brasileira como também não sabem o que representam as bandeiras que estão supostamente defendendo. Quem, em sã consciência, defenderia golpe militar em um país com a história que o Brasil tem? Parece que faltaram às aulas de história ou nunca leram um livro sobre as atrocidades do nazismo. A falta de leitura é fatal.

Não há sinais de desenvolvimento espiritual onde há tentativa de derrubar candidatos eleitos, pelo voto direto e secreto, para ocupar os mais diversos cargos públicos – inclusive os candidatos bolsonaristas que se elegeram. O que esse movimento tem a ver com os ensinamentos de Jesus? Nada! O que teria a ver com democracia? Nada! O que teriam a ver com cristianismo? Nada! Esse caminho radical segue em direção oposta ao cristianismo e à democracia. É um retrocesso imensurável voltar a atos e ações parecidas com o Antigo Testamento e suas coligações, exatamente aquilo que o mestre Jesus condenou na sua pouca existência física. É bom lembrar que aquele mestre foi crucificado por ser contra as normas do Antigo Testamento que milhares de brasileiros agora dizem pertencer, em nome de deus. Como podem pensar que têm direitos sobre o pensamento de Jesus?

O apelido de “tranca ruas” é bem simbólico e irônico. Igrejas católicas foram incendiadas, em passado recente, em estados brasileiros onde agora se concentraria a liderança dos “tranca ruas”, como Paraná e Santa Catarina. Não só foram incendiados templos católicos, mas, também, templos de religiões de origem africana, cuja expressão é, também, garantida pela Constituição Federal. Tranca Rua é o nome de um grupo de entidades de origem africana que trabalha pela lei, pela ordem e pelo bem.

Para quem estuda e respeita o direito de religião, na cultura afro-brasileira é possível ver a continuação de uma tradição milenar das religiões africanas: eles dão nomes simples a entidades importantes e a entidade Tranca Rua, também conhecida como Exu, tem a missão de “ajudar na abertura dos caminhos” e de “ajudar a vencer os obstáculos para conquistar objetivos”. Jamais essas entidades ficariam do lado da violência. Isto é, o Tranca Rua verdadeiro é do bem, do amor, da paz. Por ironia e ignorância, há seitas evangélicas que enquadram tudo o que não pertence a elas e a suas crenças como demônio. Falta visitas a bibliotecas. Se tivessem estudado veriam que a demonização é um equívoco histórico do ódio (veja meu livro Abuso Sexual Espiritual é Real). Já os “tranca ruas” que surgiram nas ruas e estradas do país, após o resultado das eleições presidencial, não estavam cobertos nem pela lei nem pela ordem e tampouco pelo progresso que a bandeira brasileira estampa.

Eles acreditam que as entidades afro-brasileiras são demônios. Acham que eles estão “salvos” e “acima de tudo” como se estivessem no mesmo patamar que deus. Esquecem que ninguém está acima da lei e nem pode orquestrar violência em nome de Deus. Do ponto de vista da psicologia, essas falsas premissas de superioridade e, consequentemente, de tentativa de diminuir quem não comunga com as mesmas crenças, é um prato cheio para anos de terapia. Alguns nunca se curarão porque a cura requer rejeição ao ódio. Quem odeia o mundo, odeia a si mesmo.

Crença ou religião, seja qual for, deve ser tratada no nível da vida privada. A suposta tentativa agressiva de evangelizar, praticada por seitas brasileiras, pode ser chamada de assédio. Não há, na Constituição brasileira, uma lista de religiões autorizadas e legalizadas nem outra lista de ilegais. Essa crescente confusão instalada no Brasil, propositadamente, por uma minoria de pastores brasileiros mal formados, com a suspeita de financiamento estrangeiro, coloca líderes religiosos fanáticos no patamar de negacionistas dos direitos da Carta Magna brasileira e todos os seus atos públicos contra a lei, a ordem, o direito de ir e vir e o respeito ao voto secreto como antidemocráticos, anticonstitucionais e condenáveis firmemente.

Foi chocante ver em rede nacional de televisão e em canais de tv estrangeiros cenas de violência e tentativa de implicar caminhoneiros naqueles atos violentos, cujo motivo principal seria negar o resultado das eleições livres e democráticas. Até crianças foram usadas nas manifestações, cujos participantes empunhavam, sem autorização da maioria da população, a bandeira brasileira e suas cores constitucionais ao lado de armas, fogo e danos ao patrimônio público.

Não há luminosidade espiritual em badernas, agitações e violência pública. Que a população acorde para a gravidade daqueles acontecimentos, onde pessoas comandadas por grupos radicais se achavam no direito de representar. Ninguém tem o direito de representar a maioria da população. A única e legítima forma de representação popular é o voto e o respeito aos resultados das eleições livres, diretas, ordeiras e seguras, aplaudidas pelo mundo inteiro.

Religiões e seitas radicais, assim como seus líderes, devem ser abandonadas. Quem quer criar filhos e educá-los tendo como exemplo baderneiros que trancam ruas e estradas com armas, fogo, violência, mentiras e fanatismo nazista? Uma breve viagem aos campos de concentração nazistas da Europa pode ser educativa. Veja detalhes no meu livro “Prazer entre homens”, disponível no www.amazon.com.br — 06/11/2022

 

A masculinidade tóxica como espetáculo na política

Psicologia e Psicossomática

Por Debora Diniz e Giselle Carino, Jornal El Pais.

08 oct 2020 – 17:55 BRT

A bufonice dos dois seria apenas ridícula não fossem os efeitos trágicos nas populações mais vulneráveis e o poder de contágio em outros machos no poder.

“Não tenha medo da covid”, disse presidente Donald Trump pelo Twitter, “não deixe a doença dominar sua vida”. Com a autoridade de um sobrevivente de covid-19, as palavras foram ditas logo antes de sair do hospital. A quem ele se dirigia? Aos milhares de latinos e negros, migrantes e pobres que morreram? Não, esses parecem importar pouco —é gente descartável, cujo luto se ignora, gente sem direito à velório ou obituário. Trump falava para si mesmo e para os que se animam com sua masculinidade onipotente. Ele, o todo poderoso, que desafia a ciência e a verdade.

Jair Bolsonaro, no Brasil, é um entusiasta da masculinidade de Trump. Estuda seus trejeitos brutos e táticas de mentira. Copia até mesmo os arroubos de linguagem no Twitter. Deve estar em gozo, pois pela primeira vez a cartilha sobre como ser um “macho populista doente” saiu do Sul para o Norte—Bolsonaro foi o primeiro a adoecer, depois de descrever a covid-19 como “gripezinha”, e dizer-se protegido por seu “histórico de atleta”. Trump teve de se contentar com o que os médicos descreveram como sendo um senhor de 74 anos e com um certo sobrepeso como fator de risco. Parece que na competição de quem é o macho da vez, Bolsonaro saiu falando grosso.

Enquanto os dois presidentes exalam os traços da masculinidade tóxica como espetáculo na política, os dois países disputam o ranking de tragédia. Segundo os Centers for Disease Control and Prevention, em 5 de outubro, os Estados Unidos tinham mais de 7 milhões de casos e mais 210.000 mortes por covid-19. É o país com maior número absoluto de mortes no mundo. O Brasil nem contar direito seus mortos e doentes sabe fazer. Há sombras sobre os dados repassados pelo Ministério da Saúde, e um consórcio de veículos de imprensa também conta os efeitos da pandemia pelo país. É o segundo país com mais gente morta, são mais de148 mil mortos em 8 de outubro.

Em comum, os dois presidentes fazem da máscara o ícone da masculinidade. Cada qual com seu repertório, é verdade. Trump tenta justificar-se com o léxico liberal da liberdade de escolha, “Você pode usar. Você não tem que usar. Estou escolhendo não usar. De alguma forma, eu não me vejo usando”. Não poderia ser mais deslizante na mensagem de saúde pública, porém eficiente para quem acredita que o “direito de escolha” deva ser um valor, inclusive quando a saúde global está em risco. Presidente Bolsonaro diz que “máscara tem eficácia quase nula”, ou seja, é mais rústico nos modos: desdenha da ciência sem meias palavras. Se Trump apela para o liberalismo da escolha, Bolsonaro para o senso comum de “que todos vamos morrer um dia”. Mais ousado que Trump, termina com um “E daí?” para quem insiste em falar de sofrimento, adoecimento e mortes.

Os dois passearam pelas ruas, fizeram comícios, adoeceram dezenas de pessoas. Foram garotos propaganda da hidroxicloroquina, um tratamento sem comprovação para covid-19. Em junho, o país de Trump doou 2 milhões de doses do medicamento ao Brasil; dias depois, os Estados Unidos suspenderam a autorização para o uso do medicamento em território nacional. O estoque de medicamentos foi descrito como “lixo tóxico” pela professora da Universidade de São Paulo Deisy Ventura. Trump celebra o tratamento experimental que o teria curado de covid-19, enquanto se agitam as controvérsias públicas sobre sua adequação ou mesmo sobre a verdade do protocolo médico adotado para tratá-lo.

A bufonice dos dois seria apenas ridícula não fossem os efeitos trágicos nas populações mais vulneráveis e o poder de contágio em outros machos no poder para quem medidas preventivas em saúde pública são sinais de fraqueza no mandonismo: Boris Johnson (Reino Unido) e Vladimir Putin (Rússia) são outros que sofreram da mesma mazela da máscara. Todos passam a ser heróis de uma guerra particular, a de que os machos não morrem do vírus, de que não há doença tão letal assim, e que o importante para a humanidade é a saúde da economia.

Trump está em corrida eleitoral, e ainda se desconhece o impacto da figura heroica sobrevivente ao vírus. Se Bolsonaro operar mais uma vez como seu tutor na cartilha populista, há o risco de o vírus ser tão simbólico quanto a facada que o transformou no macho mártir. Porém, não há como prever os efeitos do teatro da masculinidade em um momento em que a humanidade sofre. Pode ser que o intercâmbio da cartilha populista não se atualize entre Sul e Norte e que o herói seja só mesmo um bufão sem máscara, arfando para sobreviver no próprio corpo.

https://brasil.elpais.com/brasil/2020-10-08/bolsonaro-trump-e-a-masculinidade-toxica-como-espetaculo-na-politica.html

Ódio produz fogo, vírus e mosquitos

Outros Assuntos/ Psicologia e Psicossomática

Por José Joacir dos Santos, jornalista e Psicoterapeuta

Durante muitos anos, videntes e sensitivos anunciavam mudanças climáticas fortes, viroses e mosquitos virais poderosos, oriundos principalmente do descaso humano, da poluição consciente, proposital e, acima de tudo, do programa constante de destruição organizado pelas forças da escuridão. Acredite quem quiser, foi o Brasil quem liderou, por muitos anos, o argumento de que os países tomassem cuidado com a poluição, as florestas, a ecologia. Fernando Henrique, Lula e Dilma lutaram por isso nos fóruns internacionais e colocaram o país no topo dos países preocupados com o meio-ambiente. Houve um encontro internacional em Kyoto, Japão, em 1998, do resultou o Protocolo de Kyoto, segundo o qual os países se comprometiam a tomar medidas para despoluir o planeta. Os EUA se negaram a assinar o acordo e isso foi o primeiro golpe na ecologia mundial. Houve outro grande encontro mundial, antes de Bolsonaro, e o Brasil foi destaque outra vez, porque a diplomacia se preocupava com a própria independência naquela época e mantinha uma tradição de décadas. Mas, Bolsonaro acabou com isso.

Os EUA não só não assinaram o documento como passaram a boicotar ele e assim nada foi feito pela natureza do Planeta. Sem os EUA, nada no Planeta anda porque governo tira ajuda econômica, corta acordos e tudo o que for financeiro de quem não aceitar o que ele quer. Os grandes bancos e investidores mundiais colocam seu dinheiro nos EUA. O mais interessante é que cientistas norte-americanos também diziam que não estava ocorrendo nada com o clima do Planeta. Só os grupos civis estadunidenses, imprescindíveis, insistiam que algo estava ocorrendo. Anos se passaram e o Brasil entrou na famigerada lista dos países que não cuidam da natureza , que apoia a invasão de terras indígenas, que ignora o fogo na floresta Amazônica, que bloqueou a lei que garantia a imunidade das nascentes dos rios etc. E isso não é o governo, é o povo que o apoia e se cala diante das imagens ao vivo mostradas na tv. É o povo quem elege os governos e nunca assume sua própria culpa. O governo eleito em 2018 nomeou um ministro do meio-ambiente que tomou todas as providências oficiais para acabar com os ambientalistas, chegando ao ponto de demitir quem denunciava incêndios na floresta Amazônica ou prendia madeireiros e suas terríveis máquinas.

Agora, quem pode negar? Chuvas torrenciais e perigosos ocorrem em lugares onde nunca chovia. Lagos e reservas de água secam. Deslizamento nas periferias das grandes cidades resultam em mortes. Neve cai desproporcionadamente, inclusive nos EUA, causando estrago e paralisando a vida. Água agora é um problema, pela falta e pelo excesso. As árvores também estão confusas. Muitas morrem com a mudança inesperada do clima. Muitas não produzirão mais. Muitas estão brotando em pleno inverno e morrerão porque as flores não suportarão o frio.

O fogo no Pantanal é um crime ecológico mundial. O Pantanal é um sistema ecológico único no mundo, prestes a ser destruído pelo fogo. Fogo na Sibéria, um dos locais do mundo que segura o gelo responsável pelo equilíbrio do nível de todos os mares. Alguém observou que o fogo se alastra nos países onde o presidente acha que ecologia é besteira? EUA, Brasil e Rússia têm em 2020 os piores líderes mundiais com as mesmas características destrutivas.

Os países situados em montanhas, onde dependem da neve para o abastecimento de água e agricultura, começarão a sofrer porque a neve também deixou de cair em algumas partes da Terra, como na Espanha. Outros países, como a Índia, cada vez mais tem dificuldade de encontrar água no subsolo, sua maior fonte de abastecimento de água. A cidade de Nova Délhi, na Índia, depende da água de poço, que cada dia fica mais profunda e difícil o acesso. No norte do país, que abastece de frutas e verduras o país inteiro, também falta água para as plantações. Na China, os desertos de areia avançam e destroem as áreas plantáveis, motivo pelo qual aquele país importa tudo o que o Brasil produz em quantidade, inclusive a soja. Centrados no plástica como base industrial, a China precisa se expandir politicamente para garantir comida e isso vai piorar nas próximas décadas.

O ódio se materializa

Mensageiros espirituais dizem, há anos, que há muitos motivos para a mudança de clima e um deles é o pensamento humano. A mente humana afeta tudo o que ocorre na Terra. O ódio, a violência e os invertidores de valores se alastram e essa energia contribui para o desequilíbrio da Terra. Agora os seres da escuridão conseguem chegar, pelo voto popular, aos postos de destaque e comando dos países, promovendo tudo o que é possível para destruir o que foi construído a favor da humanidade ao longo dos séculos, incluindo as flores, os rios, os animais, a ecologia mundial.

O ódio desenvolvido na internet, por muita gente boa, sentada no sofá de suas casas, é responsável também pelas inundações, terremotos e desastres naturais, embora elas pensem que estão vencendo ou impondo os seus achados políticos e ideológicos. Os seres espirituais lembram à humanidade que a terra é um ser criado pela mente de Deus para abrigar a mente do ser humano em primeiro lugar, que é a imagem e semelhança de Deus. O ódio virou arma de guerra, fácil de ser espalhado pela internet pelas fake news de políticos sem escrúpulos. A energia do ódio materializa destruição e desequilibra os elementos da natureza: água, terra, madeira, fogo, metal, ar e vento. Observe o que ocorre nos países muçulmanos onde fundamentalistas matam sem dó em nome de deus!

O Brasil, que tem todas as condições para ser um grande país, dá um passo para a frente e dois para trás, graças ao ódio desenvolvido por seus políticos e por aqueles que votaram neles. Desde a Copa do Mundo e das Olimpíadas que o ódio é incentivado pelas redes sociais brasileiras e até por líderes religiosos cristãos, agora com um presidente para fortalecer suas ideologias do velho testamento.

Vírus e mosquitos virais

Outro aspecto causado pela energia do ódio são os mosquitos dos infernos (criados pelos anjos do outro lado da luz), aqueles que são venenosos como dengue, febre amarela, Zica, malária. Na mesma categoria e origem estão os vírus, como o Covid-19, um dos mais potentes e mortais que a humanidade já conheceu. Mosquitos virais e vírus invisíveis tomam força em pontos negativos da terra porque essa é a frequência energética deles. Eles não sobrevivem em lugares alegres, positivos, onde vivem pessoas boas e felizes. Só se proliferam onde existe a energia do ódio, mesmo sendo o ódio silencioso, que é o mais perigoso, isto é, o ódio não declarado, mas sentido e firmado mentalmente pelas pessoas pessimistas, infelizes e traumatizadas por eventos infelizes familiares, guerras, revoluções etc. Vejam no mapa onde ocorre o vírus da Ebola: é a região onde faz anos que as pessoas de lá vivem cheias de ódio umas pelos outras, se matando. Há a previsão de que os mosquitos do ódio crescerão e trarão outros vírus muito mais perigosos e letais que os atuais. Ao mesmo tempo, os medicamentos alopáticos deixarão de fazer efeito nas pessoas e o caos se instalará, como já acontece nos hospitais brasileiros desde o início da pandemia da covid-19.

Como tudo na vida, é preciso existir condições ideais para que a energia do ódio se estabeleça. Se olharmos no mapa do Brasil hoje, as regiões onde mais tem incidência de mosquito da Zica são aquelas onde as drogas estão avançando numa velocidade surpreendente. Com elas, os anjos caídos criam todas as condições para disseminar o ódio e com ele as doenças sem cura. Com a falta de infraestrutura dos serviços de saúde, há anos, o país passará por momentos muitos difíceis onde o número de óbitos será imprevisível. A droga, seja qual for, enfraquece o espírito e é tudo que o outro lado da luz precisa para se instalar e provocar toda sorte de doença e desgraça.

A força positiva ou negativa da água

O corpo humano possui 70% de água. A água é, comprovadamente, sensível à força do pensamento e não distingue o que é negativo do que é positivo. Quando uma pessoa pensa em amor, os 70% se contaminam de amor. Quando a energia emitida é de ódio, tudo se enche de ódio. Esse ódio invade os rios, os lagos, a água subterrânea, os mares e o corpo humano. E as águas visíveis e invisíveis sofrem cada dia da depredação humana, tanto da forma física quanto mental.

Queria escrever aqui que há esperança, mas, neste momento, as perspectivas de esperança dependem das minhas orações e das suas. É urgente que todos nós rezemos, oremos, mandemos energia positiva e de amor para baixar a vibração negativa que cresce em instrumentos poderosos como as nossas mentes.

18/09/2020. Texto revisado. Primeira publicação foi em 2017

 

Pênis armados e as tropas de choque

Psicologia e Psicossomática

Por José Joacir dos Santos

Quando visitei os Estados Unidos pela primeira vez, no início dos anos 1990, fiquei impressionado com as lojas de filmes pornôs em quase todas as esquinas de New York e encarei isso como sendo uma evolução. Finalmente sexo era visto em vídeo, inclusive o sexo gay – os mais vendidos, até para héteros.  Os protagonistas dos filmes eram tratados como “atores” e a mídia daquele país levantava para cima o assunto porque rendia muito dinheiro. Mas este assunto ficava sempre no nível da “indústria” e de seus consumidores, nunca no nível de presidentes das repúblicas.

De março de 1983 a abril de 1984 o país viveu as Diretas-Já e desde então havia um certo clima de “evolução” e liberdade, especialmente no Planalto Central, pós-ditadura. Em Brasília, alguns cinemas exibiam filmes pornôs héteros, do filme “Garganta Profunda” em diante (os gays não eram exibidos, embora houvessem cenas em alguns dos filmes héteros). Mesmo para filmes sem conotação sexual, os cinemas eram cheios e seus banheiros movimentados livremente, especialmente os masculinos. Homens transando nos banheiros eram cenas comuns, até casados. Brasília tinha bons banheiros públicos. Policiais e soldados das três forças armadas também frequentavam para fazer sexo com homens.

Em 1983, o cantor Renato Russo, de Brasília, gravou a “Música urbana”, e nela se refere aos “pênis armados e as tropas de choque”, talvez uma alusão ao cenário da época em Brasília, entre ditadura e a dita dura. Naquela época, jovens se interessam em fazer sexo e no Parque da Cidade, tudo acontecia a qualquer hora. Logo no início dos anos 1990 as igrejas evangélicas, ressentidas, começaram a utilizar o dinheiro do dízimo para aumentar suas fortunas através da aquisição dos cinemas. Isso causou um desastre no comércio dos shoppings em Brasília porque sem os cinemas o povo deixou de visitar aqueles estabelecimentos, alguns deles ainda mal utilizados até os dias de hoje, como o Conic e o Rádio Center. Nos festivais de cinema da cidade era possível ver artistas famosos catando parceiros nos banheiros e no Parque da Cidade. Cinema e praça da alimentação são e sempre serão atrativos de público nos shoppings.

Com o fechamento dos cinemas e a transformação em igrejas evangélicas vazias, as locadoras de filmes tomaram conta das esquinas e a pirataria de filmes pornôs também, até que a internet foi ampliada e os filmes pornôs começaram a surgir em sites especializados, alguns deles gratuitos. Paralelamente, as leis brasileiras passaram a garantir o direito de minorias, inclusive homossexuais, e houve uma calmaria na população porque cada um passou a viver a própria vida no calor de suas casas, sem medo. Entre a população menos esclarecida, especialmente evangélicos sem formação, há a fantasia de que o mundo pornô pertence a gays – ledo engano! Travestis do país inteiro dizem que a maioria de seus clientes é constituída de homens casados e pais de filhos. Em 2018, o Estado do Rio de Janeiro elegeu para deputado um ator de filmes pornô, que foi agraciado com funções importantes no governo federal, embora esse governo, apoiado por evangélicos, tenha constantemente feito declarações contra as minorias gays do país.

Este artigo não pretende cobrir todos os aspectos sociais deste assunto, que são muitos. A ascensão das igrejas demonizadas, isto é, aquelas que utilizam o demônio para coagir as pessoas medrosas, infelizes, iletradas, com baixo padrão de educação, enrustidas, que inflamam o ódio contra gays e que pretendem ser as defensoras da nação brasileira (a versão mascarada da direita política), é visível em todas as cidades do país. Eles compram os imóveis, abrem uma vez ou outra, e só deus sabe o que acontece em seguida. Aparentemente as igrejas funcionam até que os frequentadores começam a brigar pelo dinheiro e imóveis. Separam-se e fundam novas igrejas. Os crimes contra gays aumentaram astronomicamente no país inteiro, especialmente nos estados onde a influência dos fundamentalistas cristãos é maior e aumenta a cada pronunciamento desastrado do presidente. Como diz o velho ditado, o inferno, se existe, está cheio de boas intenções.

Enquanto os partidos políticos de direita estão em plena ascensão, sexo volta às manchetes de jornais, da internet, da televisão, dos grandes jornais do mundo e, pasmem, mencionando o presidente do Brasil. Em 11/06/2019, o jornal Folha de S. Paulo traz uma matéria sobre o tamanho do pênis, cujo título é: “Por que homens se importam com tamanho do pênis e como isso pode afetá-los”. O artigo trata do assunto superficialmente, mas o que chama a atenção é que a inspiração pode ter sido as próprias manchetes daquele e de inúmeros outros jornais que noticiam, com certa frequência, declarações do presidente da República sobre sexo, tamanho do pênis etc. Sem medir as consequências, até piadas sexistas com japoneses o presidente da República já fez diante da imprensa.

Uma dessas declarações que não consegue sair das referências da internet é aquela onde “O presidente Jair Bolsonaro (PSL) faz piada com turista japonês ao passar pelo aeroporto de Manaus (AM) a caminho de Dallas (EUA) ” – jornal Folha de S. Paulo. Outra diz respeito a um vídeo pornô que teria sido postado na internet pelo presidente da República, assunto que não ficou bem esclarecido e não se sabe até hoje quem publicou tal vídeo. Meus amigos estrangeiros me perguntam constantemente e não sei como responder: por que o presidente de um país como o Brasil faz questão de fazer piadas sobre sexo e genitálias masculinas? A verdade é que o vídeo se tornou virótico nas redes sociais de vários países com o título de “Golden Shower (banho dourado) ”.

Embora a internet e a imprensa ocupem grandes espaços para postar artigos e comentários sobre teorias inconclusivas a respeito do tamanho, da grossura e de sua funcionalidade do membro masculino, as teorias do psicanalista Freud sobre a sexualidade como bússola emocional são bastante questionadas nos dias de hoje. A antiga frase parece não soar bem e agora ficou assim: Freud já não mais explica. O que os estudiosos da sexualidade humana afirmam, cada vez mais, é que quando o indivíduo se preocupa demasiadamente com a sexualidade ou com a anatomia das genitálias dos outros é como aquele ditado dos antigos índios: onde há fumaça há fogo. Por que um indivíduo (hétero ou gay), feliz consigo mesmo e com o tamanho de seu membro, se ocuparia tanto com a anatomia física do membro de outros homens?

O Brasil passou a ter uma mentalidade sexual e corpórea mais aviltada depois da ascensão da televisão e das telenovelas filmadas e produzidas por uma grande rede de televisão. O centro de difusão dessa cultura corporal é o Rio de Janeiro, que estende sua influência pelo país inteiro – a cultura do corpo e da eterna juventude. Piadas sexualistas, cheias de preconceitos sobre o tamanho e a grossura do pênis se tornaram correntes ao vento das ruas e de todos os ambientes. Elas são usadas até para agredir pessoas. Homens inseguros são os que mais utilizam o tamanho anatômico como arma e exibem esse falso orgulho em todas as partes. Casais se beijam profundamente nos aeroportos, nos shoppings e em toda parte como se fizessem sexo e necessitassem fazê-lo com audiência. Por traz dessas exibições gratuitas há sempre uma dose de machismo. Homens avantajados se exibem nos metrôs das grandes cidades e nas praias como símbolo de superioridade e poder. Até recentemente, homens, soldados e civis usaram estupro como arma em conflitos entre países do Leste Europeu – e isso foi documentado pela ONU.

Quando olhamos a história da humanidade encontramos em templos, palácios, cavernas, manuscritos e documentos os registros do culto ao pênis como símbolo da fertilidade e da abundância. Lavradores cultuavam (e ainda o fazem no Japão e nos países onde existe o hinduísmo) o símbolo fálico relacionando-o com a terra, a criação, a beleza da vida. Há, na literatura, incalculáveis registros do culto ao deus de membro longo e grosso chamado Priapus, venerado em igrejas até na Europa. O cristianismo é o principal acusado de ter demonizado o sexo, desde que Santo Agostinho defendeu sua tese homofóbica em um dos concílios da Igreja Católica, séculos atrás. Na verdade, a tese do santo não funcionou só contra gays, mas a mulher saiu do centro de importância, entronado pelo macho (e esse macho significa aquele que tem o membro longo e grosso. Nas piadas é muito comum a expressão “curto e grosso”, isto é, ofensivo, forte.

Sim, tamanho e grossura podem ter sua importância quando o assunto for funcionalidade, apesar do prazer sexual não estar relacionado com nada disso, mas, sim, com o afeto. Da mesma forma que qualquer maneira de amor vale a pena, o tamanho e a grossura ou a falta dessas duas referências pode não ser um diferencial para quem é feliz consigo mesmo. O afeto, o abraço, o amor, o carinho devem ser a busca bússola que norteia a felicidade humana, especialmente na privacidade de quatro paredes e não nos dedos apontados por pessoas desequilibradas. Tive clientes mulheres que se diziam violentadas por seus maridos avantajados. Cara ser humano tem uma estrutura anatômica com suas capacidades de acumulação de tamanhos e grossuras. Crianças e adolescentes são mortas com frequência ao serem violentadas e terem suas carnes rasgadas durante o estupro.

Em noticiário de televisão e jornais, recentemente um jogador brasileiro de futebol, famoso, apareceu nas manchetes sendo acusado de estuprar uma moça que foi ao seu encontro em Paris. Pelo que mostram as reportagens, a moça parece que permitiu até a metade e depois resolveu dizer que foi estupro. Logo nas primeiras reportagens ficou evidente que a relação foi anal, o que desbanca todas as crendices de igrejas, de pessoas da direita, de conservadores de plantão. O sexo anal é, largamente, o mais preferido entre homens, inclusive os mais jovens, em todo o mundo. Antigamente as mulheres não eram assediadas nesse sentido, mas esse tempo acabou faz muito tempo. Dessa forma, cai a máscara da sociedade sobre a condenação ao sexo entre homens porque não há diferença anatômica nessa região do corpo humano entre homens, mulheres, animais, peixes. No Nepal há uma grande população de cachorros abandonados nas ruas e entre eles é comum o sexo anal, como nas prisões, no ambiente onde a maioria é homem, nas guerras, nos quartéis, nas escolas, nos shoppings de todo o país.

Sim, a humanidade mudou. Aqueles que patrocinam a queda de braço, com base no Antigo Testamento, vão acabar nos consultórios psicoterapêuticos, se tiverem coragem para isso. Sexo continuará a ser uma das mais belas expressões da humanidade, mas a beleza do ato quem faz são os praticantes. E nisso não faz a diferença o objeto do desejo, faz? (*) José Joacir dos Santos é psicanalista, escritor e jornalista.

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