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Pênis armados e as tropas de choque

Psicologia e Psicossomática

Por José Joacir dos Santos

Quando visitei os Estados Unidos pela primeira vez, no início dos anos 1990, fiquei impressionado com as lojas de filmes pornôs em quase todas as esquinas de New York e encarei isso como sendo uma evolução. Finalmente sexo era visto em vídeo, inclusive o sexo gay – os mais vendidos, até para héteros.  Os protagonistas dos filmes eram tratados como “atores” e a mídia daquele país levantava para cima o assunto porque rendia muito dinheiro. Mas este assunto ficava sempre no nível da “indústria” e de seus consumidores, nunca no nível de presidentes das repúblicas.

De março de 1983 a abril de 1984 o país viveu as Diretas-Já e desde então havia um certo clima de “evolução” e liberdade, especialmente no Planalto Central, pós-ditadura. Em Brasília, alguns cinemas exibiam filmes pornôs héteros, do filme “Garganta Profunda” em diante (os gays não eram exibidos, embora houvessem cenas em alguns dos filmes héteros). Mesmo para filmes sem conotação sexual, os cinemas eram cheios e seus banheiros movimentados livremente, especialmente os masculinos. Homens transando nos banheiros eram cenas comuns, até casados. Brasília tinha bons banheiros públicos. Policiais e soldados das três forças armadas também frequentavam para fazer sexo com homens.

Em 1983, o cantor Renato Russo, de Brasília, gravou a “Música urbana”, e nela se refere aos “pênis armados e as tropas de choque”, talvez uma alusão ao cenário da época em Brasília, entre ditadura e a dita dura. Naquela época, jovens se interessam em fazer sexo e no Parque da Cidade, tudo acontecia a qualquer hora. Logo no início dos anos 1990 as igrejas evangélicas, ressentidas, começaram a utilizar o dinheiro do dízimo para aumentar suas fortunas através da aquisição dos cinemas. Isso causou um desastre no comércio dos shoppings em Brasília porque sem os cinemas o povo deixou de visitar aqueles estabelecimentos, alguns deles ainda mal utilizados até os dias de hoje, como o Conic e o Rádio Center. Nos festivais de cinema da cidade era possível ver artistas famosos catando parceiros nos banheiros e no Parque da Cidade. Cinema e praça da alimentação são e sempre serão atrativos de público nos shoppings.

Com o fechamento dos cinemas e a transformação em igrejas evangélicas vazias, as locadoras de filmes tomaram conta das esquinas e a pirataria de filmes pornôs também, até que a internet foi ampliada e os filmes pornôs começaram a surgir em sites especializados, alguns deles gratuitos. Paralelamente, as leis brasileiras passaram a garantir o direito de minorias, inclusive homossexuais, e houve uma calmaria na população porque cada um passou a viver a própria vida no calor de suas casas, sem medo. Entre a população menos esclarecida, especialmente evangélicos sem formação, há a fantasia de que o mundo pornô pertence a gays – ledo engano! Travestis do país inteiro dizem que a maioria de seus clientes é constituída de homens casados e pais de filhos. Em 2018, o Estado do Rio de Janeiro elegeu para deputado um ator de filmes pornô, que foi agraciado com funções importantes no governo federal, embora esse governo, apoiado por evangélicos, tenha constantemente feito declarações contra as minorias gays do país.

Este artigo não pretende cobrir todos os aspectos sociais deste assunto, que são muitos. A ascensão das igrejas demonizadas, isto é, aquelas que utilizam o demônio para coagir as pessoas medrosas, infelizes, iletradas, com baixo padrão de educação, enrustidas, que inflamam o ódio contra gays e que pretendem ser as defensoras da nação brasileira (a versão mascarada da direita política), é visível em todas as cidades do país. Eles compram os imóveis, abrem uma vez ou outra, e só deus sabe o que acontece em seguida. Aparentemente as igrejas funcionam até que os frequentadores começam a brigar pelo dinheiro e imóveis. Separam-se e fundam novas igrejas. Os crimes contra gays aumentaram astronomicamente no país inteiro, especialmente nos estados onde a influência dos fundamentalistas cristãos é maior e aumenta a cada pronunciamento desastrado do presidente. Como diz o velho ditado, o inferno, se existe, está cheio de boas intenções.

Enquanto os partidos políticos de direita estão em plena ascensão, sexo volta às manchetes de jornais, da internet, da televisão, dos grandes jornais do mundo e, pasmem, mencionando o presidente do Brasil. Em 11/06/2019, o jornal Folha de S. Paulo traz uma matéria sobre o tamanho do pênis, cujo título é: “Por que homens se importam com tamanho do pênis e como isso pode afetá-los”. O artigo trata do assunto superficialmente, mas o que chama a atenção é que a inspiração pode ter sido as próprias manchetes daquele e de inúmeros outros jornais que noticiam, com certa frequência, declarações do presidente da República sobre sexo, tamanho do pênis etc. Sem medir as consequências, até piadas sexistas com japoneses o presidente da República já fez diante da imprensa.

Uma dessas declarações que não consegue sair das referências da internet é aquela onde “O presidente Jair Bolsonaro (PSL) faz piada com turista japonês ao passar pelo aeroporto de Manaus (AM) a caminho de Dallas (EUA) ” – jornal Folha de S. Paulo. Outra diz respeito a um vídeo pornô que teria sido postado na internet pelo presidente da República, assunto que não ficou bem esclarecido e não se sabe até hoje quem publicou tal vídeo. Meus amigos estrangeiros me perguntam constantemente e não sei como responder: por que o presidente de um país como o Brasil faz questão de fazer piadas sobre sexo e genitálias masculinas? A verdade é que o vídeo se tornou virótico nas redes sociais de vários países com o título de “Golden Shower (banho dourado) ”.

Embora a internet e a imprensa ocupem grandes espaços para postar artigos e comentários sobre teorias inconclusivas a respeito do tamanho, da grossura e de sua funcionalidade do membro masculino, as teorias do psicanalista Freud sobre a sexualidade como bússola emocional são bastante questionadas nos dias de hoje. A antiga frase parece não soar bem e agora ficou assim: Freud já não mais explica. O que os estudiosos da sexualidade humana afirmam, cada vez mais, é que quando o indivíduo se preocupa demasiadamente com a sexualidade ou com a anatomia das genitálias dos outros é como aquele ditado dos antigos índios: onde há fumaça há fogo. Por que um indivíduo (hétero ou gay), feliz consigo mesmo e com o tamanho de seu membro, se ocuparia tanto com a anatomia física do membro de outros homens?

O Brasil passou a ter uma mentalidade sexual e corpórea mais aviltada depois da ascensão da televisão e das telenovelas filmadas e produzidas por uma grande rede de televisão. O centro de difusão dessa cultura corporal é o Rio de Janeiro, que estende sua influência pelo país inteiro – a cultura do corpo e da eterna juventude. Piadas sexualistas, cheias de preconceitos sobre o tamanho e a grossura do pênis se tornaram correntes ao vento das ruas e de todos os ambientes. Elas são usadas até para agredir pessoas. Homens inseguros são os que mais utilizam o tamanho anatômico como arma e exibem esse falso orgulho em todas as partes. Casais se beijam profundamente nos aeroportos, nos shoppings e em toda parte como se fizessem sexo e necessitassem fazê-lo com audiência. Por traz dessas exibições gratuitas há sempre uma dose de machismo. Homens avantajados se exibem nos metrôs das grandes cidades e nas praias como símbolo de superioridade e poder. Até recentemente, homens, soldados e civis usaram estupro como arma em conflitos entre países do Leste Europeu – e isso foi documentado pela ONU.

Quando olhamos a história da humanidade encontramos em templos, palácios, cavernas, manuscritos e documentos os registros do culto ao pênis como símbolo da fertilidade e da abundância. Lavradores cultuavam (e ainda o fazem no Japão e nos países onde existe o hinduísmo) o símbolo fálico relacionando-o com a terra, a criação, a beleza da vida. Há, na literatura, incalculáveis registros do culto ao deus de membro longo e grosso chamado Priapus, venerado em igrejas até na Europa. O cristianismo é o principal acusado de ter demonizado o sexo, desde que Santo Agostinho defendeu sua tese homofóbica em um dos concílios da Igreja Católica, séculos atrás. Na verdade, a tese do santo não funcionou só contra gays, mas a mulher saiu do centro de importância, entronado pelo macho (e esse macho significa aquele que tem o membro longo e grosso. Nas piadas é muito comum a expressão “curto e grosso”, isto é, ofensivo, forte.

Sim, tamanho e grossura podem ter sua importância quando o assunto for funcionalidade, apesar do prazer sexual não estar relacionado com nada disso, mas, sim, com o afeto. Da mesma forma que qualquer maneira de amor vale a pena, o tamanho e a grossura ou a falta dessas duas referências pode não ser um diferencial para quem é feliz consigo mesmo. O afeto, o abraço, o amor, o carinho devem ser a busca bússola que norteia a felicidade humana, especialmente na privacidade de quatro paredes e não nos dedos apontados por pessoas desequilibradas. Tive clientes mulheres que se diziam violentadas por seus maridos avantajados. Cara ser humano tem uma estrutura anatômica com suas capacidades de acumulação de tamanhos e grossuras. Crianças e adolescentes são mortas com frequência ao serem violentadas e terem suas carnes rasgadas durante o estupro.

Em noticiário de televisão e jornais, recentemente um jogador brasileiro de futebol, famoso, apareceu nas manchetes sendo acusado de estuprar uma moça que foi ao seu encontro em Paris. Pelo que mostram as reportagens, a moça parece que permitiu até a metade e depois resolveu dizer que foi estupro. Logo nas primeiras reportagens ficou evidente que a relação foi anal, o que desbanca todas as crendices de igrejas, de pessoas da direita, de conservadores de plantão. O sexo anal é, largamente, o mais preferido entre homens, inclusive os mais jovens, em todo o mundo. Antigamente as mulheres não eram assediadas nesse sentido, mas esse tempo acabou faz muito tempo. Dessa forma, cai a máscara da sociedade sobre a condenação ao sexo entre homens porque não há diferença anatômica nessa região do corpo humano entre homens, mulheres, animais, peixes. No Nepal há uma grande população de cachorros abandonados nas ruas e entre eles é comum o sexo anal, como nas prisões, no ambiente onde a maioria é homem, nas guerras, nos quartéis, nas escolas, nos shoppings de todo o país.

Sim, a humanidade mudou. Aqueles que patrocinam a queda de braço, com base no Antigo Testamento, vão acabar nos consultórios psicoterapêuticos, se tiverem coragem para isso. Sexo continuará a ser uma das mais belas expressões da humanidade, mas a beleza do ato quem faz são os praticantes. E nisso não faz a diferença o objeto do desejo, faz? (*) José Joacir dos Santos é psicanalista, escritor e jornalista.

Rosa ou Azul? – É coisa de neuróticos

Psicologia e Psicossomática

Os estereótipos de gênero afetam o que as meninas e os meninos escolhem como profissão no futuro

Por ALEJANDRA AGUDO, jornalista (El Pais, 04/01/2018)

Impor clichês de gênero na sociedade limita o desenvolvimento das habilidades e capacidades. Das garotas que chegam à universidade, só um terço opta por ciências. Elas querem ser atrizes, estilistas ou professoras quando crescerem. Embora haja exceções, perguntadas sobre o que gostariam de ser quando forem adultas, a maioria das meninas escolhe profissões estereotipadas. Mas, e se elas fossem meninos? Foi isso que a ONG Liga da Educação perguntou a um grupo de crianças em Fuenlabrada, Madri. Muitas mudaram sua resposta inicial, como você pode ver no vídeo experimental de sua campanha contra a violência de gênero. Astronauta, policial, médica … seriam suas opções de vida se tivessem nascido homem. “Os meninos gostam mais da lua”, explica uma das entrevistadas.

Os meninos não estão isentos de estereótipos de gênero. Eles imaginam um futuro como jogadores de futebol, bombeiros ou construtores, mas, se fossem meninas, gostariam de ser cabeleireiros de cachorros, professores ou atrizes. “O fato de estarem escolhendo profissões feminilizadas (elas) e masculinizadas (eles) nada mais é do que um reflexo da cultura na qual vivem imersos em uma desigualdade tradicional e estrutural entre homens e mulheres”, diz. Rosa Martínez, secretária de Infância da Liga de Educação. E isso, continua ela, “limita o desenvolvimento de suas habilidades e capacidades”.

“A primeira coisa a fazer é tomar consciência da realidade em que nos encontramos e romper a miragem de igualdade em que vivemos imersos”, sugere Martínez. Só então a transformação pode acontecer, diz. “Na Liga da Educação acreditamos que o feminismo ainda é uma questão em falta nas escolas e, com campanhas como essa, pretendemos que isso mude”, acrescenta Ana Rodríguez Penín, diretora de Igualdade da ONG. Por isso, elas acreditam que um dos principais campos de batalha é a escola. Essa é a mesma opinião de Paulo Speller, secretário Geral da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI). “É necessária uma educação em que tudo seja o mesmo para meninos e meninas”, disse ele durante seu pronunciamento em um debate sobre meninas e mulheres na ciência nas Jornadas Europeias do Desenvolvimento, em Bruxelas, em 6 de junho.

A consolidação dos estereótipos no futuro

Apenas 30% das universitárias escolhem carreiras relacionadas à ciência, tecnologia ou matemática (denominadas STEM, por sua sigla em inglês), segundo dados da Unesco. O peso dos estereótipos forjados desde a infância se reflete no que se busca quando adulto. Não só na vida profissional, mas, também, na pessoal. “A escolha da profissão é apenas uma amostra de como os papéis de gênero influenciam o desenvolvimento cognitivo ou afetivo”, diz Martinez.

Em relação à primeira, a baixa proporção de mulheres em carreiras STEM é significativa. Mas, como corrobora o experimento da Liga da Educação, a escolha de profissões tradicionalmente atribuídas a um ou outro gênero se estende a outros campos. Assim, o estudo Goleando Sem a Bola, Praticamente Bonecas, realizado pela Federação de Mulheres Progressistas em 2012 – no qual a campanha da ONG se baseia –, mostrou que 50% dos 153 adolescentes entrevistados mudaram a opção de profissão quando lhes perguntaram o que fariam se fossem do sexo oposto. Especialmente elas.

“Em relação às escolhas de carreira, ambos os sexos demonstram valores semelhantes em profissões como medicina, educação e veterinária, mas se observam diferenças na opção por trabalhos tradicionalmente atribuídos a um ou outro sexo. Por exemplo, engenharia, jogador de futebol ou policial apontados em maior medida pelos meninos, enquanto as que estão mais ligadas ao mundo da beleza ou do cuidado com os outros, como aeromoça ou professora de jardim de infância, são preferencialmente marcadas por meninas”, diz o relatório.

Os especialistas concordam em que a educação no ensino básico é essencial para reverter essa situação de desigualdade. Isso é enfatizado na Liga da Educação, na OEI e também na Fundação Descobrir. “Temos que começar desde o início, desde o ensino fundamental. E temos que aproveitar o movimento feminista agora”, disse Carmen Segura, chefe de Ciência nesta organização, em sua fala nas Jornadas Europeias do Desenvolvimento, em Bruxelas, no mesmo debate sobre as mulheres em STEM do qual Speller participou.

Nesse sentido, Martinez (da Liga de Educação) dá ênfase especial ao chamado currículo oculto nas escolas. “Todos nós sabemos que os alunos aprendem muitas coisas vistas e ouvidas, mas, acima de tudo, aprendem o que lhes é transmitido”, explica ela. Por exemplo, quando tratados de forma diferente por um professor (mais autoritário) e uma professora (mais maternal)” estão recebendo uma mensagem que reproduz e consolida o papel feminino relacionado com o cuidado e o papel masculino, com poder e liderança “, observa.

¨Os estereótipos estão nos livros didáticos. Quando você lê, parece que todos os avanços e inventos foram obras dos homens¨- JIVKA MARINOVA, diretora de Pesquisa e Tecnologia para a Educação de Gênero, Bulgária

Não se deve esquecer ainda aspectos como a ambientação das salas de aula ou a configuração de elementos de jogo nos espaços ao ar livre das escolas (pátios), as ilustrações de livros didáticos, o tipo de atividade proposta para abordar a aprendizagem ou personalidades que aparecem como protagonistas nas diferentes áreas do conhecimento transmitido, enfatiza a especialista.

Dito e feito, a Fundação Búlgara de Pesquisa e Tecnologia para Educação de Gênero implementou um projeto na Bulgária, Grécia, Romênia e Croácia para que haja mulheres em todas as disciplinas obrigatórias. “Os estereótipos estão nos livros didáticos. Quando você lê, parece que todos os avanços e invenções foram obra dos homens, de tal modo que os alunos acreditam que eles, os homens, criaram tudo e são capazes de qualquer coisa. E as meninas acabam acreditando que não valem nada”, critica Jivka Marinova, diretora da organização, em sua intervenção nas Jornadas Europeias do Desenvolvimento.

Por isso, reuniram um grupo de especialistas cuja missão era encontrar mulheres de referência que pudessem ser mostradas como exemplos em diferentes assuntos. “No começo nos disseram que não era possível, que não havia mulheres”, confessa. Mas havia. “Para cada assunto, temos quatro”, diz, com orgulho. Assim, estudantes de escolas dentro de seu programa sabem hoje que a britânica Hertha Marks Ayrton é a cientista que inventou o arco elétrico. “Não se trata de mudar a história, mas de contar bem”, resume ela. Seu projeto mostra que isso é possível.

Lutero. O lado escuro que luteranos não querem ver

Outros Assuntos

Martinho Lutero como a escola nunca ensinou: antilatino, antissemita, responsável por assassinatos

Por María Elvira Rocha Barea(*)

Celebrações do 5º centenário do cisma luterano evitam aspectos obscuros do legado de Lutero. O manto religioso encobre um conflito político e nacionalista

Diz a lenda que, em 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero (1483-1546), escandalizado com o vergonhoso espetáculo que a Igreja Católica oferecia e indignado com a venda de indulgências, pregou nas portas da igreja de Wittenberg as 95 teses que desafiavam o poder de Roma. O aniversário de 500 anos desse gesto está sendo celebrado com pompa na Alemanha. Merkele Obama prestaram homenagem a Lutero em 25 de maio no Portão de Brandemburgo e, por volta da mesma data, foi inaugurada uma espetacular exposição em Wittenberg. Esses são só alguns dos eventos mais destacados. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os aniversários luteranos (nascimento, morte, 95 teses, iluminação divina durante a tempestade de 1505…) quase não tinham relevância. Mas agora isso mudou. Por quê?

O gesto descrito às portas da igreja de Wittenberg é a representação mítica e ritual do significado de Martinho Lutero para o chamado Sacro Império Romano-Germânico. Há muito se duvida que ele tenha mesmo pregado suas teses; as menções ao ato desafiador aparecem muito depois, conforme se vai adornando e mitificando a personagem Lutero e o cisma que ele trouxe consigo. Mas, se non è vero, è ben trovato (ainda que não seja verdade, é bem possível). Seria muito menos heroico mandar o texto de protesto pelo correio – que é o que provavelmente aconteceu – ao bispo de Mogúncia (Mainz). O gesto simbólico conserva hoje toda sua aura teatral, mas era muito mais épico naquele tempo, porque o homem do século XVI sabia que essa era a maneira de divulgar os chamados cartazes de desafio, em que um cavalheiro insultava publicamente outro e o desafiava a um duelo. E era preciso responder, quem não o fazia ficava desonrado para sempre. Há, na figura de Lutero, um componente de heroísmo a posteriori muito interessante para compreender seu significado na história da Alemanha e também, não se surpreenda o leitor, na da Espanha.

O cisma luterano é a manifestação de um problema político, mas o contexto religioso em que foi mantido turva completamente sua compreensão. Através dele se expressa o nacionalismo germânico primordial e, por isso, Martinho Lutero é celebrado e exaltado na Alemanha cada vez que esse nacionalismo ganha força. Desde a Segunda Guerra Mundial não se comemorava de maneira significativa nenhuma efeméride luterana. Em 1983 passou em branco na Alemanha Ocidental o quinto centenário do nascimento de Martinho Lutero, tão festejado nos tempos de Bismarck. Em 10 de novembro de 1883, por exemplo, o imperador Guilherme I liderou o desfile do quarto centenário de nascimento de Lutero em Eisleben.

Em Historia del año 1883 o intelectual e político espanhol Emilio Castelar escreve: “Os povos protestantes celebraram o quarto centenário de Lutero com júbilo universal” e ainda, embora “os católicos e os protestantes da Alemanha não tenham concordado em homenagear o religioso, concordaram em homenagear o patriota”. Mas o mais interessante é o expediente: “Nós, que não pertencemos à religião luterana nem à raça germânica, espanhóis e católicos de nascimento, podemos celebrar sem receio aquele que, iniciando as liberdades de pensamento e de exame, iniciou as revoluções modernas, por cuja virtude rompemos nossos grilhões de servos e proclamamos a universalidade da justiça e do direito”. Não precisamos, portanto, ir a Wittenberg para ler os textos que comentam a espetacular exposição. O que ali se conta é exatamente o mesmo que Castelar nos diz: Lutero, o pai da liberdade religiosa na Europa; Lutero, o herói por cujo esforço ímpar este continente se livrou das trevas e da escravidão. Castelar diz que “rompemos nossos grilhões”. A Lutero devemos nada menos que “a justiça e o direito”, porque é evidente que os espanhóis não tínhamos isso.

Lutero foi o grande protetor das oligarquias, o fiador religioso de um feudalismo tardio que manteve a Alemanha no atraso e na pobreza

E, claro, se Lutero rompe os grilhões é porque havia grilhões a romper e alguém os tinha colocado. Se traz a liberdade de pensamento é porque isso não existia, e quem impedia? Nem é preciso dizer com todas as letras, mas está aí, constantemente presente: o sombrio e sinistro Império espanhol e católico. Para que o herói Lutero exista é preciso haver um monstro que o antagonize. Sem monstro, não há herói. Quem visita Wittenberg ou qualquer das muitas exposições e celebrações na Alemanha hoje, mesmo sendo espanhol e católico – e especialmente se for espanhol e católico – não vê o cenário que torna possível o brilho germânico. Quando digo católico não quero dizer religioso. A fé é irrelevante neste contexto. Refiro-me a quem nasceu em um país de cultura católica. Porque esse fulgor germânico precisou, século após século, como condição sine qua non para sua exaltação, que o sul mediterrâneo fosse obscuro e atrasado, imoral e decadente, indolente e pouco confiável. Foi em tempos de Lutero que o adjetivo welsch – uma denominação geográfica pouco precisa para referir-se ao sul – passou a significar latino ou românico, e malvado e imoral ao mesmo tempo.

A “liberdade luterana” não resiste a um olhar próximo e livre de preconceitos. Começou provocando uma guerra espantosa que se chamou Guerra dos Camponeses e deixou mais de 100.000 mortos nos campos do Sacro Império. Porque os camponeses acreditaram de verdade naquelas exaltadas pregações da boca de Lutero e de outros que clamavam contra as riquezas acumuladas pelos poderosos da terra com Roma como fiadora de tais injustiças. Isso provocou uma convulsão social como nenhuma outra na Europa até a Revolução Francesa. Os príncipes alemães, cujo propósito era basicamente opor-se ao imperador, não pensaram que incentivar aquela efervescência antissistema (Carlos V e o catolicismo) poderia se voltar contra eles, mas tiveram que enfrentar uma revolta de proporções gigantescas. Alguns clérigos revolucionários como Müntzer, conhecido como o teólogo da revolução, mantiveram-se fiéis a seus princípios até o final e foram executados, mas Lutero decidiu sobreviver. Desde o início de 1525, depois da morte de Hutten e Sickingen, os dois líderes revolucionários que o tinham protegido, Lutero fica serviço dos príncipes alemães e incentiva a violência brutal com que os grandes senhores germânicos sufocaram as rebeliões campesinas: “Contra as hordas assassinas e saqueadoras molho minha pena em sangue, seus integrantes devem ser estrangulados, aniquilados, apunhalados, em segredo ou publicamente, como se matam os cães raivosos”.

A partir de então Lutero passa a ser o grande defensor das oligarquiassenhoriais, o arrimo teológico de um feudalismo tardio que manteve a Alemanha em um estado de pobreza e atraso já superado na Espanha e na maior parte do sul. A estagnação dessas oligarquias pela via religiosa impediu a unificação da Alemanha e possibilitou uma sobrevivência anômala do sistema feudal nessa parte da Europa. Quase todo mundo sabe que a servidão na Rússia durou até o século XIX, mas se ignora que na Alemanha também, sobretudo nas regiões protestantes. Um dos primeiros estados a abolir as leis de servidão foi a católica Bavária em 1808, mas, na região oriental, o processo só foi concluído em meados do século. Bem. Isso no que diz respeito a Lutero como libertador social. Vejamos agora Lutero como libertador do pensamento.

Liberdade religiosa e livre exame são dois ícones linguísticos cunhados por Lutero que nunca tiveram um reflexo na realidade, como demonstram primeiro a lógica e depois a história.

Quase uma quarta parte das propriedades do Sacro Império mudaram de mãos. Não houve um latrocínio igual até a Revolução Russa

Supostamente o livre exame significa que o cristão deve se entender diretamente com Deus através dos textos sagrados, sem intermediários onerosos e imorais como “os romanos” (assim Lutero chamava o clero católico, embora fossem tão alemães como ele). Se for assim, há uma consequência imediata: o desaparecimento do clero, por desnecessário. Os fatos demonstram que isto jamais aconteceu, porque Lutero não operou a destruição das igrejas, apenas criou outra. Nem Lutero deixou de ser clérigo, nem o número deles no Sacro Império diminuiu. Simplesmente se formou um novo corpo sacerdotal que também guiou o rebanho aonde deveria ir. Só que agora esse corpo de pastores serve unicamente ao senhor do território (e não a um Papa estrangeiro e a um imperador aliado com o mundo welsch), que é quem lhe dá de comer. Se lhe servir bem, como fez Lutero, viverá bem. Viverá inclusive melhor que com os “romanos”, e assim Lutero recebeu do príncipe da Saxônia, como primeira prova de gratidão, aquele que havia sido o seu antigo convento em Wittenberg. É um belíssimo palácio, onde se instalou com sua nova esposa, seus parentes e seus criados. Tinha nascido no seio de uma família muito humilde e, como monge agostiniano, jamais teria podido se permitir esses luxos. E aqui não tocaremos mais no assunto das críticas ferozes aos luxos do clero “romano”.

A liberdade religiosa é provavelmente o totem linguístico mais afortunado de Martinho Lutero. Foi e é ininterruptamente debatido diante das trevas do catolicismo e da sua nação defensora por princípio, a Espanha. Nem é preciso pensar muito para ver aonde vai parar a liberdade luterana. Se ela tivesse existido alguma vez, mesmo que teoricamente, também os católicos e outras facções protestantes teriam tido direito a ela. Se o cristão é livre para interpretar os textos sagrados, então também a interpretação católica é possível e deve ser aceita. E deveria ter sido respeitada em consonância com a “liberdade religiosa”que Lutero e seus diáconos pregavam. Se a lógica humana não é um engodo desde a sua própria raiz, é porque é assim mesmo. Mas o fato é que o novo clero criou uma versão do cristianismo que foi a única aceitável, e todas as demais foram proscritas e perseguidas; a católica, obviamente, mas também os anabatistas, calvinistas, menonitas etcétera.

Ele é apresentado como o paladino da liberdade religiosa, mas o clero luterano perseguiu as demais versões do cristianismo

Entretanto, século após século, Lutero passeou pela história da Europa imune à verdade, aos fatos e à lógica. Basta o leitor digitar a sequência “Lutero liberdade religiosa” em algum buscador da Internet e verá. Se escrever em inglês e alemão, ficará pasmado. Poderíamos levar um pouco adiante este perverso jogo com as palavras e exasperar os argumentos históricos habitualmente aceitos. Porque aplicar a “liberdade religiosa” em sentido luterano é o que fizeram os Reis Católicos na Espanha, ou seja, que todos os súditos devem ter a mesma religião que seu senhor terreno. Este é o princípio conhecido como cuius regio, eius religio, e deu cobertura legal aos príncipes alemães para obrigarem as populações de seus territórios a se tornarem protestantes, quisessem ou não, e nem sempre graças a sermões persuasivos e pacíficos. Mas é evidente que os Reis Católicos não podem ser os pais da liberdade religiosa, embora tenham feito exatamente o mesmo, porque, como diz Castelar, nós não somos luteranos nem pertencemos à raça germânica.

A esta altura você já estará se perguntando: mas por que os príncipes alemãestinham tanto empenho em se tornarem protestantes? Não é difícil de explicar, mas para isso, como apontamos acima, é preciso sair do terreno religioso, da superioridade moral e das palavras totêmicas, onde todo o protestantismo diligentemente insistiu em situar aquele sangrento conflito. Quase uma quarta parte dos bens imóveis do Sacro Império mudaram de mãos, entre confiscos de propriedades eclesiásticas e de pessoas que abandonaram os territórios protestantes por se negarem a acatar a conversão forçosa. Até a Revolução Russa, não houve latrocínio comparável no Ocidente. Mas, claro, não chamamos assim, porque um tinha uma cobertura teológica, e o outro, uma cobertura ideológica. Definitivamente: uma justificativa moral. Isto naturalmente não será contado ao visitante na magna exposição de Wittenberg.

Foi furiosamente antissemita e prefigura o programa nazista. A Noite dos Cristais foi feita em homenagem aos seus 450 anos

Lutero foi não somente antilatino, mas também furiosamente antissemita. O filósofo alemão Karl Jaspers escreveu que o programa nazista está prefigurado em Martinho Lutero, que dedicou parágrafos horripilantes aos judeus: “Devemos primeiro atear fogo às suas sinagogas e escolas, sepultar e cobrir com lixo o que não incendiarmos, para que nenhum homem volte a ver deles pedra ou cinza”. O primeiro grande pogrom de 1938, a Noite dos Cristais, foi justificado como uma operação piedosa em homenagem a Martinho Lutero por seus 450 anos. Hitler disputou as eleições de 1933 com um soberbo cartaz no qual a imagem de Lutero e a cruz gamada aparecem juntas. As celebrações luteranas dos nazistas eram espetaculares. Com idêntica ferocidade Lutero estimulou e justificou a queima de bruxas, que deixou nada menos do que 25.000 vítimas na Alemanha, segundo Henningsen. Acumulamos tantos milhares, milhões de mortos com este assunto que é melhor nem fazer contas.

Mas não há do que se envergonhar. A Alemanha celebra ostensivamente Martinho Lutero porque se sente bem, porque Lutero é o pai do nacionalismo alemão e de sua Igreja, e tem, portanto… indulgência teológica. Desde a reunificação, e depois com a chegada do euro como elixir mágico, a Alemanha está em um tempo novo e encara às claras uma hegemonia europeia inconteste. A Grã-Bretanha desertou do barco da União, e a França não está em condições de confrontar a indiscutível supremacia germânica. Nem a Espanha nem a Itáliaparecem perceber muito bem como são necessárias para compensar esta hegemonia e como andam perdidas, sem conseguir superar o complexo de inferioridade que assumiram há séculos. Porque, com tudo isto, chegamos ao grande assunto do qual se trata aqui: o da superioridade moral frente ao suínomundo não protestante no qual vivemos, a qual foi tão absolutamente assumida que muitos de nossos jornais, como nos tempos de Castelar, se somaram contentes à celebração luterana, tão cegos e tão perdidos hoje no labirinto da sua própria inferioridade como estavam há 100 anos.

*María Elvira Rocha Barea é filóloga e autora de ‘Imperiofobia e Lenda Negra’ (Siruela). Artigo pulbicado no jornal espanhol El País de 26/07/2017.

Mande Reiki para quem já se foi

Terapia Reiki

tibetan1Por José Joacir dos Santos

Quando o aluno de Reiki chega ao nível II fica surpreso com a possibilidade de enviar Reiki à distância, para qualquer pessoa, animal, planta ou situação, inclusive para os antepassados, para para qualquer pessoa que já atravessou a linha da vida para o outro lado, assim como para si mesmo em outras vidas. Parte desse desconhecimento se deve ao fato de que alguns Mestres Reiki inventar coisas, adicionam outras e colocam nessas decisões seus preconceitos e julgamentos pessoais. Apesar dos primeiros cursos de Reiki nos Estados Unidos terem sido ministrados pela Mestra Takata com o apoio de uma pastora evangélica, a Mestra não deixou de transmitir os ensinamentos originais nem a apostora se opôs a isso porque ambas sabiam que os principio da Terapia Reiki estava acima de coisas pessoais.

Mestres mal-formados também confundem o envio da energía Reiki para a cura à distancia com iniciações e acreditam ser possível efetuar uma iniciação à distância – É impossível realizar uma iniciação de Reiki à distancia. Devido à minha formação Kardecista-Xamânica-Budista, eu jamais tive dúvida alguma a respeito da continuação da vida do outro lado da linha, mesmo porque o contato com o outro lado nunca foi cortado comigo, desde a infancia – Eu já nasci com essa conexão e parece que tem seu lado hereditário. Tenho compaixão por pessoas ainda incrédulas e duvidosas com relação ao mundo espiritual e sei que elas estão perdendo o precioso tempo, ainda mais com as provas científicas existentes a respeito deste assunto, não só no Brasil mas em vários outros países.

O culto aos antepassados é praticado em várias regiões da Ásia,  por várias seitas e religiões, porque há a certeza de que a parte da prosperidade nesta vida depende do bem-estar espiritual de quem já se foi. O dia de finados, celebrado por todas as religiões, é uma forma de culto aos antepassados. Ninguém corta os laços familiares apenas saindo de casa, muito menos com quem estiver do outro lado da vida – amigos e inimigos. A morte não é o fim. Muito pelo contrário, é o começo da vida real e a finalidade do ciclo de reincarnação que não tem a ver com religião. O ciclo cármico continua, independente da nossa vontade e da religião que se pratica. Se as pessoas meditassem sobre este assunto não haveria sofrimento porque nem tirando a vida de uma pessoa o sofrimento acaba. Muito pelo contrário, quem tira a vida ou inferniza a vida de pessoas está fazendo uma espécie de poupança para o seu sofrimento futuro. No outro lado da vida não há religião. Lá, somos todos iguais e é a nós mesmos que prestamos contas com a nossa própria história. Toda forma de preconceito é ignorancia e o os responsáveis por eles estão acumulando karma negativo.

O medo da morte precisa ser tratado, com a mesma importância do medo de casar, de ser feliz, de cair da escada, etc. Qualquer tipo de medo só tem o tamanho criado por quem o segura porque tudo é mental. Já vi inúmeros depoimentos de pessoas que obtiveram mudanças em suas vidas, até na saúde física, simplesmente por enviar Reiki aos antepassados, amigos, inimigos e obsessores. Apesar da oração ter o poder de transformação, Reiki é mais profundo ainda. A obsessão tem inúmeras facetas e uma delas é a capacidade de quem obsedia de não aparecer, não demonstrar, de se aproveitar da ignorância e da icredibilidade de quem obsedia. Quem morre e deixa ganchos para resolver fica preso a eles e muitas vezes isso se torna obssessão porque da outra ponta da linha tem a vítima. Isso gera doenças, geralmente aquelas que a medicina não consegue detectar ou manda pessoas obsediadas para os manicômios, onde serão medicadas sem a menor necessidade, até adoecerem de verdade. Muitos pacientes em hospitais para loucos são apenas pessoas obsedadas. E muitas vezes a família é culpada por isso por deixar a religião cegar os olhos. Por isso que os remédios nem a terapia funcionam. A cegueira é muito forte.

Nem sempre quem obsedia o faz por maldade. A lei da causa e efeito não é negociável. Ao partir para o outro lado, cada um de nós ficará dentro dos limites das próprias imagens mentais, isto é, de tudo que acredita ou não acredita. É como dormir e sonhar. A gente acorda achando que está vivendo no tempo sonhado. O problema é que quando a gente morre não tem com “acordar” e isso pode durar uma eternidade. A gente fica no mundo criado por nós mesmos, pelos nossos pensamentos e crenças, preso a esse ninho por uma eternidade até receber a compaixão de uma oração ou de Reiki, não importa de quem. E isso pode não acontecer.

A grande diferença entre o tempo de recebimento entre quem está do lado de cá e quem está do lado de lá é que quem está do lado de cá tem a mente, as crenças e a racionalidade para atrapalhar o recebimento de uma oração ou de Reiki. Acrescente aí os demais fatores mentais e a interferência de obsessores vivos e mortos. Mas quem está do outro lado, isto é, em espírito, recebe imediatamente, assim como recebe as besteiras que você diz e pensa. Lembre-se que Reiki não tem nada a ver com religião assim como espírito também não tem. Na maioria dos casos é como alguém está morrendo de sede e alguém chegar com um copo de água pura. A água desce revitalizando todo o organismo e uma nova esperança de vida ocorre. Do mesmo jeito é com o recebimento de Reiki por antepassados e por quem estiver do outro lado, inclusive obsessores.

Então, quem tiver o nível II de Reiki, mãos à obra. Ajude a quem está esperando pela sua boa-vontade e contribua para um mundo melhor, com menos laços cármicos negativos. Amanhã, você pode estar do outro lado com a mesma necessidade. Hoje em dia, Reiki é praticado por pessoas de todas as religiões, inclusive por pastores evangélicos, padres católicos, judeus, muçulmanos, espíritas porque se trata de uma terapia que por si só não faz a menor distinção. É um remédio sem contra-indicação e livre de preconceitos. Se o líder espiritual da sua comunidade fala mal de Reiki é porque ele ou ela tem medo de perder o emprego, tem medo de perder a renda fácil que você proporciona e tem medo de você perder os medos que ele ou ela colocam na sua cabeça a cada vez que você vai ao templo.

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