Centro Oriental Kuan Yin

  • Início
  • QUEM SOMOS – WHO WE ARE
  • Contato
<

Japão: como os japoneses encaram a vida

Outros Assuntos/ Vidas Passadas/ Xamanismo

Como a mais nova ilha do mundo ajuda a explicar a forma como os japoneses encaram a vida

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cw42zyz310zo

Alex Ehrenreich, Role,BBC Travel, 11 dezembro 2023

Uma série de fortes erupções vulcânicas deu recentemente origem a uma nova ilha na costa do Japão – um acontecimento que diz bastante sobre o país e a sua visão de mundo única.

No final de outubro, nuvens de fumaça branca e cinzas foram expelidas do mar quando um vulcão subaquático ganhou vida perto do arquipélago japonês de Ogasawara, no oeste do Pacífico. Em novembro, as erupções tornaram-se tão fortes e frequentes que provocaram o surgimento de uma nova massa de terra de 100 m de diâmetro na costa sul da ilha de Iwoto (antes chamada de Iwo Jima).

Embora o evento dramático tenha sido manchete internacional, ele passou em grande parte despercebido no Japão, cuja localização ao longo do Anel de Fogo o torna a nação mais sismicamente ativa da Terra.

Lar de cerca de 10% dos vulcões ativos do mundo e que sofre cerca de 1.500 terremotos a cada ano, em muitos aspectos, o Japão é um laboratório geológico estrondoso e opressor, moldado por forças poderosas. E ao longo dos séculos, as mesmas forças que o moldaram fisicamente também moldaram a sua visão de mundo única.

O Japão é uma nação de ilhas. Embora seja composto por quatro ilhas principais ligadas por pontes e trem-balas, o arquipélago japonês contém mais de 14.000 ilhas – incluindo 7.000 que foram descobertas no início deste ano.

Vulcões subaquáticos levantam novas massas de terra regularmente. Às vezes, essas novas ilhas sofrem erosão e desaparecem sob as ondas. Outras vezes, elas se fundem com ilhas existentes em formas engraçadas. E, ocasionalmente, estes vulcões voláteis continuam a expelir cinzas e rochas que atingem uma altura de até 200 metros, uma década após a sua formação – como aconteceu há apenas algumas semanas. Assim, não é necessário dizer que o Japão nem sempre foi o lugar mais fácil para se viver.

Há um século, mais de 100.000 pessoas morreram e quase metade de Tóquio foi destruída numa única tarde durante o Grande Terremoto de Kanto de 1923. Desde então, apesar do Japão ter sido pioneiro na construção dos edifícios mais à prova de desastres do mundo, inundações repentinas, ciclones, tsunamis , tufões, nevascas, terremotos, deslizamentos de terra e vulcões já mataram mais de 55 mil pessoas no país.

Apesar – ou talvez por causa – da sua história de viver no topo de uma falha geológica altamente ativa, os japoneses tendem a ter um forte senso de resiliência, um profundo respeito pela natureza e uma crença no poder da impermanência.

A beleza na imperfeição

Existe uma frase comum no Japão, “shou ga nai”, que poderia ser traduzida como “não há o que fazer”. Você pode ouvir alguém dizer isso quando é pego por uma tempestade sem guarda-chuva, quando há gelo na estrada ou quando um pequeno tremor atrasa o trem.

Embora seja fácil comparar esta frase ao francês “c’est la vie” ou ao inglês “it is what it is”, “shou ga nai” expressa um sentimento universal de uma forma especialmente japonesa: não podemos controlar o nosso ambiente, mas podemos controlar nossas reações ao que não podemos controlar.

Em uma nação onde a harmonia social tem sido tradicionalmente fundamental e onde a natureza reina suprema, há algo quase libertador em aceitar situações ruins em vez de combatê-las constantemente.

“Acho que às vezes os japoneses são criticados por não serem mais proativos, e esta expressão reflete isso. Mas os japoneses são muito resilientes e procuram maneiras de lidar com o meio ambiente”, disse Susan Onuma, ex-presidente da Associação Nipo-Americana de Novos York.

“O povo japonês sente um forte sentimento de unidade porque [os eventos naturais imprevisíveis] que acontecem na nação insular tendem a acontecer apenas com eles.”

A aceitação e a apreciação do Japão pelas vontades do mundo natural podem ter origem em duas de suas religiões mais populares: a fé xintoísta indígena e o budismo. O xintoísmo é amplamente baseado no relacionamento do indivíduo com os padrões e o poder da natureza e já foi centrado na adoração direta da própria natureza. Os devotos acreditam em milhões de divindades (chamadas kami) que vivem em florestas, montanhas e animais. Como esses espíritos estão em constante mudança, existe a crença de que os seguidores vivem em um estado permanente de impermanência.

Quando o Budismo começou a se espalhar por todas as classes sociais no Japão nos séculos XII e XIII, os japoneses começaram a incorporar mais estritamente o sentido budista de transitoriedade no ambiente natural e nas práticas culturais. Hoje, tudo, desde xilogravuras japonesas (conhecidas como ukiyo-e, de uma palavra budista que expressa impermanência) até kintsugi (literalmente: “juntar-se ao ouro”, mas na verdade um lembrete para permanecer otimista quando as coisas desmoronam) até wabi-sabi ( que nos lembra que há beleza na imperfeição) está enraizado nesta ideia de transitoriedade e aceitação daquilo que você não pode mudar.

Existe até um termo para a filosofia japonesa de abraçar a impermanência: “mono-no aware”. O conceito significa “a natureza efêmera da beleza”, mas abrange um sentido mais amplo de sazonalidade e transitoriedade e talvez seja mais bem explicado pela obsessão do Japão pelas flores de cerejeira. Todos os anos, no início da primavera, os moradores das cidades dirigem-se para os verdes subúrbios para observar essas lindas flores rosas e brancas antes que elas caiam no chão. No entanto, mesmo numa nação que abraça as mudanças de humor do mundo natural, uma onda contínua de desastres naturais foi capaz de testar essa visão de mundo única do Japão.

Em 2011, o terremoto mais forte que já atingiu o país desencadeou um tsunami que matou mais de 18 mil pessoas, varrendo cidades inteiras do mapa. O terremoto de magnitude 9,0 foi tão forte que deslocou a Terra de seu eixo e afetou a psique daqueles que o vivenciaram.

“Muitas pessoas ainda estão em choque com o que ocorreu e ainda hoje há evidências deste desastre”, disse Tomohiro Ito, que trabalha na cidade de Sendai, 130 quilômetros a leste do epicentro. Ito estava em seu escritório, no sétimo andar de um edifício quando, lembra ele, “o chão tremeu com mais força do que eu já tinha experimentado antes; parecia que a qualquer momento o teto iria desabar e seria o fim pra mim!”

Embora a maioria dos edifícios no centro de Sendai tenha sido poupada, as casas nas áreas baixas próximas foram destruídas pelo tsunami que se seguiu e milhares de pessoas morreram. Como explicou Ito, a mentalidade da população local mudou para sempre. “É comum que as pessoas até hoje pensem nas coisas em termos de se algo aconteceu antes ou depois do terremoto.” Hoje, o porto de Sendai está completamente reconstruído, e a cidade resplandecente tem uma população crescente de cerca de um milhão de pessoas.

Ito explicou que, no entanto, muitos moradores locais passaram a manter um suprimento extra de comida em casa suficiente para uma semana e o carro sempre com o tanque cheio de gasolina porque aqui, como em grande parte do Japão, nunca se sabe o que pode acontecer amanhã.

A mais nova ilha do mundo pode ser vista do espaço, mas os especialistas ainda não sabem se ela manterá o tamanho atual, se expandirá à medida que o vulcão continuar a entrar em erupção ou simplesmente desaparecerá no mar por erosão. Mas numa nação em constante mudança e que ainda está – literalmente – em formação, uma coisa é certa: a mais nova ilha do Japão não será a última.

O caminho tibetano de cura energética

Xamanismo

Xamanismo: O caminho tibetano da cura holística

Por imperador amareloJosé Joacir dos Santos

Uma das coisas que mais me chamou atenção nas minhas primeiras visitas aos templos tibetanos e taoístas na China, Hong Kong e Tailândia foram as armas exibidas por divindades espiritualistas (tanto do budismo quanto do taoísmo). Máscaras e expressões faciais não ficavam por menos e o desavisado ocidental, acostumado com a cara bonita dos santos de olhos azuis, pode se assustar e imediatamente fazer uma ligação daquelas representações com “demônios” do catolicismo e das seitas evangélicas.

Para o tibetano e grande parte dos orientais acostumados com as tradições milenares, tais entidades têm poder e são elas que atravessam as dimensões do tempo, do espaço e da hierarquia dos mundos com uma só finalidade: a bondade. A espada de São Miguel, por exemplo, não seria uma espada de metal, mas de luz intensa, capaz de desfazer a energia contrária à luz e à evolução. Nas religiões de matriz africana também seria a mesma coisa porque no mundo espiritual não há a materialização de metais terrenos.

São muitos os objetos que aparecem como “armas”. Quando a mestra ascensionada Kuan Yin necessita ir aos infernos (umbrais) e nesse trajeto precisa  enfrentar os “donos” dos lugares, armados, ela não se faz de rogada e materializa artefatos semelhantes à natureza densa daqueles que encontra para dar o tom de igualdade de condições e distrair tais criaturas prostradas nas portas e portais do tempo. Ela também é Canon, Cherezig, Pu Sa, Avalokitesvara e veste-se de acordo com a missão de luz que precisa empreender. Se uma pessoa necessita lidar com abelhas e mosquitos se veste adequadamente, não é mesmo? Na pandemia da Covid-19, a máscara barra o vírus porque foi criado para o mundo material.

Sacrifício de animais

Para o xamanismo tibetano, a espada é um dos instrumentos de trabalho espiritual e essa maneira de ver foi incorporada às sérias escolas de artes-marciais orientais. O iniciado recebe esse presente de seu mestre para ser utilizado nos momentos de transe e de luta contra o portador do mal. O instrumento transfigura-se e aparece aos olhos de todos os que forem de outros mundos, especialmente os anjos inconformados e presos ao ódio chamados demônios. Essa tradição é registrada pelos estudiosos tibetanos e siberianos, e o pesquisador René de Nebesky Wojkowitz diz, em seu livro “Oracles and Demons of Tibet” (Oráculos e demônios do Tibete), que muitas das tradições xamânicas tibetanas sobreviventes são pré-budistas e semelhantes às práticas da gelada Sibéria (Rússia), apesar das distâncias geográficas, caracterizando, assim, a raiz xamânica humana.

Ao contrário de algumas das tradições xamânicas latino-americanas, nas quais são utilizados elementos alucinógenos como haxixe (mascado ou fumado, ayahuasca), fumo, álcool e sacrifício de animais nos processos de transe de médiuns e xamãs, nas tradições tibetanas isso é completamente proibido. Quem utiliza aqueles elementos são tidos como impostores, passíveis de punição se a comunidade descobre. O máximo que é permitido ao médium ou xamã tibetano (e siberiano) é a queimação de folhas de Juniper, uma árvore medicinal também utilizada nos funerais na Índia em forma de óleo essencial nas cerimônias de purificação.

Música como auxiliar do transe

O principal elemento utilizado para induzir ao transe é a música. A música é tida como auxiliar no processo de incorporação dos espíritos, ajuda na utilização do corpo do médium/xamã e na expressão verbal. Há uma rica gama de instrumentos utilizados em cerimônias sagradas e em todas elas há o processo de incorporação de espíritos. Algumas orações são cantadas em ritmo acelerado para facilitar e dar o tom do processo de incorporação e manifestação verbal da entidade e facilitar a transição entre uma sintonia e outra (uma faixa vibratória e outra, uma dimensão ou frequência e outra).

Depois que a entidade assume totalmente o corpo do xamã, passa e fazer ajustes de cura no corpo do próprio médium, daí o perigo de incorporar espíritos pouco elevados, aqueles que querem coisas do mundo físico como bebida, comida, sexo etc. Os passos são os seguintes: o espírito a ser incorporado é invocado, chamado. Acredita-se que ao chamar ele imediatamente apresenta-se, daí o fato de os tibetanos não pronunciarem nomes de demônios e de entidades conhecidamente perturbadoras e atrasadas. Com o ritmo da música há a incorporação. A entidade dança até ajustar-se ao corpo do médium. Os lábios enchem-se de espuma (expulsão das impurezas do corpo do médium). O rosto contorce-se e muda de figura. O corpo do xamã é dominado e ele acalma. A entidade então fala, dá instruções, ensina e canta orações e mantras. Neste momento a entidade pode exibir poderes de materialização de objetos, cura de doenças, executar cirurgias, e muitas outras habilidades que a comunidade sabe que o xamã em sã consciência jamais poderia executar ou dizer ou explicar  ou cantar. No mundo espiritual, os tons musicais são uma língua franca.

Em algumas circunstâncias, os espíritos fazem questão de provar a idoneidade do xamã. Para isso a entidade utiliza-se de espada ou de qualquer arma cortante de uso pessoal do xamã e faz com que o médium se corte sem sentir dor alguma. Esses “cortes” também servem para purificar o corpo do médium dos venenos que incomodam a energia do espírito.

Tive a oportunidade de participar de algumas dessas cerimônias, na qual a entidade retaliou a língua do xamã e com o sangue que jorrava escreveu para mim um mantra, com as devidas recomendações. A entidade falava como se a língua do  médium não estivesse cortada e ainda por cima em um idioma antigo tibetano, traduzido em duas outras línguas até chegar ao inglês que era a minha língua naquele momento. Ainda com a língua jorrando bastante sangue, a entidade deu passagem a uma cerimônia de iniciação não traduzida porque ninguém sabia em que língua estava sendo falada. Segurando um facho de incensos com as duas mãos, a entidade passou o fogo rente ao meu corpo, do meu chakra coronário até os pés, sem que o fogo me queimasse. Depois, literalmente cuspiu todo o sangue sobre meu rosto e em segundos o sangue evaporou-se totalmente e eu entrei em transe, que durou até o final da cerimônia de iniciação.

Apesar da estranha língua falada, no centro do meu cérebro havia completo entendimento de tudo que era dito, como se fosse um código que só o iniciado pudesse saber. Ao terminar a cerimônia e as pessoas esvaziarem o templo, fui chamado pelo monge-xamã para uma conversa amistosa depois que lhe foi dito que eu era o único estrangeiro no local. Em um bom inglês pudemos conversar e não havia sinal algum dos cortes na língua daquele homem-santo. Falamos de muitas coisas, não tocamos no assunto da cerimônia e ele pode utilizar a vidência para me aconselhar em detalhes da minha vida, especialmente na capacidade de juntar culturas orientais a ocidentais.

Os tibetanos atribuem a uma “seleção divina” a escolha de um xamã. Nem todos os médiuns com alta capacidade de manifestação são escolhidos para a medicina xamânica, a não ser na região não tenha muita escolha e nesse caso a espiritualidade escolhe quem se aproxima do ideal e da necessidade do momento. Como não há outra maneira de se exercer a atividade xamânica sem a submissão do candidato a um processo iniciático e presencial, especialmente porque ele vai ser aquele que atende terapeuticamente à comunidade, muitos candidatos são preteridos pelas “imperfeições da psiquê”, embora manifestem habilidades mediúnicas importantes. A transmissão requer do médium certo conhecimento. Quando não há, a espiritualidade pode utilizar os canais energéticos do médium para ir mais além das habilidades do médium.

Acredita-se  que quem sofreu um trauma e não curou carrega essa memória nas reencarnações seguintes, a qual se manifesta em forma de deficiência física ou mental, dificultando as transmissões espirituais. Ainda hoje no Tibete e em muitas regiões da Sibéria e do Nepal, o xamã é o único “médico” que a comunidade conhece e respeita. Por isso que o xamã é também chamado de “homem da medicina e da cura”. É ele quem entende de plantas medicinais, das dificuldades da mente, do corpo e da alma porque o ser humano é tido como um todo inseparável, holístico, sagrado. Os conselhos de iniciação viajam no tempo e no espaço das vidas do candidato e examinam todos os aspectos do seu ser sob a ótica da missão de cura. Sabe-se que há, sempre, entre os candidatos aquelas raposas em pele de carneiro, que são excluídas. Não existem iniciações à distância. Todas exigem um ritual presencial.

Ninguém subestima a capacidade dos demônios, tão poderosos quanto os anjos do bem. A única diferença entre ambos é o destino das intenções de quem invoca. A lâmpada que ilumina também pode dar choques. Talvez seja essa a única porta-divisória. Se um demônio desiste de aliciar uma pessoa é simplesmente porque ouve a real intenção do ser eterno daquela pessoa. Para que aliciar um químico que fortemente não quer e nem tem habilidade para a química da cura? Veja meu livro “Abuso Sexual Espiritual é Real”.

Depois de selecionado e submetido ao processo iniciático, o xamã passa por um período de treinamento nos rituais da nova profissão em regime de semi ou completo internato em um mosteiro, onde ele ou ela vai primeiro curar todas as suas pendências físicas, emocionais e espirituais antes de ser iniciado e atuar na comunidade. Não se aceita um candidato a xamã pelo simples fato desse candidato ser filho de um famoso xamã. Há xamãs celibatários, mas essa escolha é pessoal. Não há distinção de gênero para candidato a xamã. Muito pelo contrário, aquele que transita seu gênero entre masculino e feminino pode alcançar mais além de quem está preso a um lado da energia. O que conta são as qualificações dentro dos padrões holísticos milenares do espírito. As genitálias não acompanham o espírito, só a força da energia do indivíduo.

Muitos dos xamãs já são escolhidos na infância. Alguns são anunciados como Jesus foi. Em outros, as habilidades se manifestam na maturidade  sexual. Há os casos de herança genética do sangue de nascimento. Isto é, a família já vem preparada desde a encarnação com uma genética específica e reencarna em família com as mesmas habilidades genéticas do sangue.

Esse mesmo processo acontece com os “demônios”. Os tibetanos acreditam que muitos demônios escolhem incorporar logo na infância do escolhido ou na puberdade por causa do desequilíbrio energético do adolescente. Muitas crianças e adolescentes adoecem e a causa das doenças é a utilização energética por espíritos e entidades que vibram no negativo. Na Inglaterra, crianças são escolhidas na tenra infância para cantar em corais. Depois da adolescência, quando a voz muda, muitos são dispensados porque a voz perdeu a tonalidade.

Alguns espíritos não se submeteram ao processo e às normas reencarnatórias  e querem “forçar” a aquisição de um corpo e assim viver na terra. Tais  manifestações mediúnicas em crianças e adolescentes são chamadas de  “doenças xamânicas” ou abdução ou obsessão.

Os xamãs noviços são submetidos aos mais variados tratamentos para que possam ser primeiro curados de todos os males naturais ou impostos por espíritos sabedores de suas habilidades mediúnicas. É preciso morrer para renascer. Um dos treinamentos psíquicos faz com que o noviço sinta mentalmente seu corpo ser retalhado em pedaços e servido a famintos demônios. Talvez haja aí uma semelhança com a Paixão de Cristo.

Outro treinamento leva o noviço a se transportar mentalmente para uma árvore que é cortada em pedaços.  A árvore é tratada com o espírito do indivíduo materializado nela, da mesma forma que alguns índios brasileiros fazem. Depois disso ele está habilitado a efetuar “vôos da alma”. Sai do corpo e visita outros mundos de forma a livrar seu próprio espírito de qualquer imposição demoníaca. Essas viagens habilitam os noviços a entrar em contato com a linguagem das cores do arco-íris ou sete raios e daí ele aprende a ler a aura a serviço da cura e do bem. Tudo isso sem complemento algum de alucinógeno, fumo, bebida ou qualquer coisa tóxica, uma vez que esses elementos levam o usuário ao mundo das suas próprias ilusões internas, indefeso e incapaz de discernir o joio do trigo, além de se expor à vulnerabilidade de domínio e possessão do seu corpo por demônios enganadores e vendedores de favores.

Acredita-se que aquele “xamã” que pratica ou aceita encomendas para a maldade seja a própria encarnação da maldade vestida em aparente pele de cordeiro. Essa visão tibetana pode ser arremessada como pré-requisito básico a todas as terapias energéticas em voga hoje no Brasil e no mundo ocidental, aí incluídas Reiki, Cura Prânica, Mãos de Luz etc., todas vindas da mesma origem e alimentadas pela mesma fonte universal.

O Espiritismo Kardecista faz as mesmas recomendações. A responsabilidade de seus praticantes e curadores é a mesma de segurar um cajado, como faziam os curadores  judaico-cristãos, desde Moisés. Também não ficam distantes desse contexto os trabalhadores da área de saúde porque na verdade estamos falando de diferentes matizes da mesma luz. Há de chegar o momento em que todos trabalhemos em parceria.

(*) José Joacir dos Santos é Psicoterapeuta, Jornalista e formando em Terapia Iniciática com o Xamã Rowland Barkey. Texto atualizado em 11/07/2020

Visita à Colônia Espiritual 35

Vidas Passadas

meridianos cabeça Por José Joacir dos Santos

Nem sempre o que a gente ver nessas viagens astrais é o que realmente existe porque utilizamos nossos padrões de comparação terrenos e nas dimensões paralelas tudo é muito diferente da nossa. Estava  em um lugar onde os prédios pareciam afundar. As pessoas gritavam. Era horrível o cenário. Eu e outras pessoas tentávamos escapar dos afundamentos, correndo de um lado para outro, entre elas Neide Margonari, uma moça parente dela e um colega do meu trabalho. Não era um terremoto, era a natureza do lugar. Os prédios afundavam no chão sem a terra tremer. Quando os afundamentos acabaram, eu não sabia onde  estava e as pessoas que conhecia não estavam mais comigo. Caminhei e cheguei a um lugar onde era uma espécie de clínica. Havia pessoas na fila de atendimento e entrei nela. A mulher que me atendeu não perguntou nem o meu nome, mas reclamou porque eu não tinha vindo antes. Disse a ela que não sabia como chegar ao lugar. Olhou-me de cima a baixo e deu-me um banho de ervas. Só as ervas, sem água, e em pé. Depois disso me mandou tirar a roupa. Acanhado, porque havia outras pessoas na sala, tirei a roupa, deitei-me no chão e ela me cobriu de folhas de coca, as quais eu nunca havia visto de perto. Perguntou se eu fumava. Disse que não. Aí ela me deu uma olhada profunda e disse que havia alguém que fumava muito grudado em mim. Entendi que esse alguém era espiritual e invisível naquele momento. Achei meio estranho as folhas de coca, mas em seguida uma auxiliar veio e recolheu todas as folhas para ¨fazer um diagnóstico¨. Em poucos minutos o diagnóstico estava pronto e eu sentía uma forte vontade de urinar. Aquela senhora chamou a auxiliar, que me levou a um quarto parecido com um banheiro, sem chuveiro. Em seguida entra um homem, baixo, diferente, nú, pouco visível. Era como se eu estivesse sem óculos olhando para ele. Segurou meu braço esquerdo e sem uma palavra começou a urinar. Percebi que ele dizia mentalmente que eu urinasse. Sempre tive vergonha de fazer isso na frente de outras pessoas mas imediatamente comecei a urinar.

A mão dele segurando o meu braço tinha uma função especial, mexia com todo o seu sistema urinário. A urina começou a sair amarelada, copiosa e em seguida objetos estranhos saiam também pela urina, parecendo mariscos. Em certo instante aquele homem evapora, some no espaço. Parei de urinar aquelas coisas estranhas, abri a porta e a auxiliar me leva para outro quarto. Ali, ela me manda vestir uma ¨roupa¨, igual ao meu corpo físico, confeccionada de um algo meio líquido, pastoso, meio sólido parecendo restos de vísceras de animais. Vesti sem pestanejar. Aquela vestimenta se acoplou anatómicamente ao meu corpo. Volta aquela senhora e me manda raspar com as mãos aquela coisa grudada no meu corpo e aí eu percebo que aquela vestimenta materializava tudo tipo de doença psiscossomatizada e grudada no meu perespírito. Como poderia ter tantas ¨tumores¨ como aqueles em meu perespírito, pensei, e a senhora respondeu também mentalmente que era o lixo emocional.  Há detalhes neste momento que tenho dificuldades de descrever, mas posso dizer que nunca vi algo tão real em toda minha vida, foi uma aula de anatomía espiritual. Foi muito duro arrancar do meu perespírito  aquele material que parecía gosma, mas consegui. No final no tratamento, ela me disse para voltar. Antes de voltar para o meu corpo físico nesta vida compreendi que aquela sensação de afundamento era natural para as pessoas em viagem astral em visita ao lugar.  Caminhei pelo lugar e vi que havia outros centros de saúde iguais e especializados em outros coisas, um ao lado do outro. Estava localizado no Planalto Central, perto de Brasília, e aquele que fui atendido chama-se Colonia 35. Voltei para minha cama e hoje percebo que estou bem mais disposto físicamente. Madrid, 22/08/2013

Medicina Oriental Vidas Passadas Terapia Reiki Terapia Floral Xamanismo Fitoterapia Musicoterapia Oriental Psicologia e Psicossomática Monografias Agenda de Cursos Outros Assuntos Contato

Joacir

Email

Copyright © 2014 - Design by Internet Hotel. Todos os Direitos Reservados.