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Fotografia da imagem de Senhora da Conceição, da coleção particular do autor deste texto

Por José Joacir dos Santos

É impressionante a quantidade de santos ou pessoas em estado de santificação que viveram no Egito depois da morte física do mestre Jesus. E não poderia ser diferente. Mesmo antes do nascimento de Jesus, o Egito já era quase o centro do mundo, inclusive foi lá que Jesus e Maria aprenderam várias técnicas espiritualistas quando fugiram da perseguição dos soldados romanos. Tudo o que Jesus tocava se multiplicava, inclusive os pensamentos dele. Com o tempo e a transformação do cristianismo em religião, especialmente a igreja Católica, muita coisa mudou.

A nova igreja Católica deixou de filtrar tudo o que a ela quiseram acrescentar sem a ela pertencer, inclusive o cristianismo. Quem desejar saber como era o judaísmo na época em que condenaram e mataram o corpo de Jesus basta olhar para algumas denominações evangélicas de hoje. De Cristianismo elas não tem nada, absolutamente nada. Levantam bandeiras políticas do Estado de Israel, sem sequer a ele pertencerem.

O que era antes um país acolhedor, o Egito se transformou, depois de Jesus, em um aglomerado de ideologias e crenças exóticas. O cristianismo ortodoxo, antes respeitado, começou a ser perseguido. Com a tomada de poder político pelos muçulmanos, foi a gota d’agua.  Atualmente, católicos ortodoxos morrem e são perseguidos no Egito.

Houve um tempo em que as ideias de Jesus floresceram, especialmente em Alexandria, onde inúmeros sábios e iluminados seguidores de Jesus viveram. Muitos cidadãos dedicaram suas vidas no caminho dos ensinamentos de Jesus e chegaram ao estágio de santidade, ainda em vida. Alguns deles são reconhecidos como santos pela igreja Ortodoxa. Muitos outros depois da morte física. Uma dessas pessoas, nunca aprendeu a ler, portanto, nunca pegou a Biblia para tentar converter ninguém. Morreu no deserto, sozinha, nua.

Estamos falando aqui de uma extraordinária história de fé e iluminação. Trata-se de Santa Maria do Egito, que viveu no ano 421, depois de Cristo. A maioria das informações que temos sobre Maria do Egito vem de São Zosimus de Jerusalém, que registrou esta história no século VII.

A história contada é muito simples: depois de 53 anos de vida sacerdotal, o frade Zosimus saiu, como sempre fazia, do seu monastério e foi para o deserto orar, próximo ao rio Jordão. Desta vez, no meio de suas orações ele percebeu um certo movimento em uns arbustos próximos. Perguntou quem estava ali. O barulho aumentou, ele foi naquela direção e viu uma mulher nua correndo. Ele correu atrás, pediu que ela parasse e ela parou. Antes que ele perguntasse qualquer coisa, ela se dirigiu a ele pelo nome, o que lhe assustou. Houve um silêncio e ela voltou a falar elogiando as orações que ele estava fazendo ali, em voz alta. Totalmente nua, o frade ofereceu uma manta para que ela se cobrisse. Ela aceitou e os dois tiveram a primeira conversa. Ela contou que saiu da casa dos pais aos 12 anos de idade e se tornou prostituta. Ainda como prostituta, seguiu uma caravana de peregrinos que ia para Jerusalém.

Em Jerusalém, ela seguiu peregrinos que se dirigiam a uma igreja onde a cruz de Jesus estava exposta para adoração. Ela disse que tentou entrar na igreja várias vezes, mas um estranho vento lhe empurrou para trás. Na última vez que tentou, empurrada mais uma vez, começou a chorar. Enquanto chorava, ela elevou o pensamento aos céus e disse que se arrependia de tudo o que tinha feito de errado ou pecaminoso na vida, mas queria chegar perto daquela cruz.

Ela diz que enquanto chorava e pedia, um clarão se formou na sua frente e a imagem de Maria, mãe de Jesus, igual a um quadro que existia na parede daquela igreja, surgiu na sua frente e falou com ela. A mãe de Jesus teria confortado Maria do Egito contando a ela sobre as perseguições que passou antes, durante e depois da morte de Jesus.

Envolvida na energia de Maria, mãe de Jesus, ela prometeu que a partir daquele momento mudaria completamente sua vida, abandonando o estilo de vida pecaminoso que tinha adotado e que até aquele momento achava que estava tudo certo. A mãe de Jesus lhe abençoou e sumiu. Sentindo instantaneamente que algo tinha mudado na sua própria energia, Maria do Egito entrou na igreja sem ser barrada por aquele vento e orou diante da cruz, muito emocionada e feliz.

Com pouco mais de 20 anos de idade, Maria do Egito foi morar no deserto sozinha, onde teria vivido por 17 anos, dedicando a sua vida à contemplação de Jesus. Quem nunca foi a um deserto não tem a menor idéia do que isso representa para uma pessoa vestida, protegida, se alimentando bem, bebendo água boa, imagine uma mulher nua. Aos poucos as suas vestes se rasgaram, se perderam e ela passou a viver assim mesmo, nua, enfrentando sozinha todos os perigos do deserto. Sabe-se lá de que ela se alimentava. O calor do deserto consome todo o líquido do corpo.

“Em um ambiente desértico, uma pessoa geralmente consegue sobreviver de 2 a 4 dias sem água. Esse período pode ser menor ou maior, dependendo de fatores como saúde individual, nível de atividade e condições específicas do deserto (por exemplo, temperatura, umidade, sombra)”. Mesmo à noite, o ser humano precisa proteger o corpo do vento do deserto, da areia, das viroses, da energia dos animais que morrem de calor. O frade conta que quando a viu pela primeira vez notou que sua pele era ressecada, queimada pelo forte clima do deserto. Talvez a igreja não tenha dado muito crédito e atenção a Maria do Egito porque era uma mulher e nua. Mas a história dele vive até hoje.

O frade que a encontrou ficou fascinado pela compreensão e estado de santidade de Maria do Egito. Os dois tiveram vários daqueles encontros, onde ela ouvia, silenciosamente, o frade ler trechos da história e ensinamentos de Jesus, sempre coberta com a manta que ele emprestava. Em um desses encontros, Maria combinou que o frade a encontrasse daquele dia em diante, um ano depois, em uma localidade do outro lado do rio Jordão que ele conhecia. O frade concordou.

No dia combinado, o frade coletou algumas frutas numa pequena cesta, inclusive um punhado de lentilhas, para presentear Maria. Pouco depois de chegar ao local, o frade percebeu que Maria estava do outro lado do rio. Houve uma troca de acenos e Maria atravessou, lentamente, o rio, caminhando sobre as águas, como um dia o fez Jesus. O frade se levantou para contemplar o que via na sua frente, uma claridade belíssima que envolvia Maria. Chegou, o frade lhe estendeu a manta e a cesta de presente. Maria sorriu, agradeceu o presente e colocou na boca algumas sementes de lentilha. A conversa foi pouca e profunda, onde Maria manifestou alto conhecimento sobre compaixão e perdão, usando palavras de Jesus.

Antes de se despedirem, Maria combinou que ele a encontrasse no mesmo local onde haviam se encontrado na primeira vez. O frade concordou e assistiu, mais uma vez, Maria atravessar o rio flutuando sobre as águas. No dia marcado, o frade foi ao local combinado e encontrou o corpo de Maria do Egito, que havia falecido um ano antes. Isto é, naquela visita onde ela flutuou sobre as águas do rio era apenas o espírito dela. O corpo já tinha falecido há um ano atras. Ela viveu nua no deserto por 17 anos e é venerada por catõlicos e ortodoxos de todo o mundo.

Salve a escolhida de Jesus, Maria do Egito.

Há uma igreja em Nápoli, Itália, dedicada a Santa Maria Santa Egiziaca, mas foi convertida em homenagem a Santa Maria do Egito. Antes disso, a igreja local, se referia ao prédio como a igreja das prostitutas e alguns chamavam de igreja de Santa Maria Madalena. Atualmente, a igreja de Santa Maria Egiziaca, a Forcella, também conhecida como Igreja de Santa Maria Egiziaca all’Olmo, é uma igreja católica romana de estilo barroco localizada no bairro de Forcella, na cidade de Nápoli, Itália.

Abaixo, transcrevo a história da igreja segundo a Widipedia, publicada em 20/04/2025.

Este site não concorda com o linguajar usado no texto abaixo descrito e entre aspas:

“A igreja foi fundada em 1342 sob o patrocínio da Rainha Sancha de Aragão. A rainha e seu marido eram muito devotos; e a própria Sancha ingressou em um mosteiro das Clarissas após a morte do marido. A igreja e os edifícios anexos serviam como um asilo Madgalen, destinado a abrigar donne di mondo convertite (prostitutas, mulheres do mundo convertidas). A santa titular, Maria do Egito, tinha um histórico de arrependimento de uma vida de luxúria e prostituição, convertendo-se em uma santa eremita. A função do convento como lar para mulheres decadentes foi posteriormente assumida principalmente por Santa Maria Madalena, e esta igreja tornou-se anexa a um pequeno convento para mulheres aristocráticas”.

O prédio passou por reconstruções em 1500, por Gabriele d’Agnolo, e em 1684, por Dionisio Lazzari. Esta última reconstrução conferiu ao edifício sua aparência barroca atual. A fachada original dava para a Piazza dell’Olmo, e às vezes também é chamada com o sufixo “all’Olmo”.

 

em 20/04/2025, domingo de páscoa

 

 

A história de Maria do Egito, a santa

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