Centro Oriental Kuan Yin

  • Início
  • QUEM SOMOS – WHO WE ARE
  • Contato
<

Existe índio gay? Evangélicos ensinam preconceitos na Amazônia

Psicologia e Psicossomática

Os jovens indígenas querem incluir o debate LGBT em sua luta

Grupo para discutir sexualidade fez parte de encontro de estudantes universitários indígenas

Igrejas evangélicas ensinam preconceitos (especialmente homofobia) aos índios amazônicos.

Por Sofia Amaral (Agência Pública)

O tema chamou atenção pela novidade: pela primeira vez a juventude indígena inclui um grupo de discussão sobre gênero e homossexualidade em um Encontro Nacional de Estudantes Indígenas (Enei). Essa foi a quinta edição do encontro, realizado em setembro de 2017 em Salvador, Bahia. Durante cinco dias, universitários indígenas de todo o país se reuniram no Museu de Ciência e Tecnologia da Uneb – debateram com acadêmicos, lideranças indígenas e grupos de discussão pautas tradicionais do movimento indígena – como a demarcação de terras e autonomia – e assuntos mais diretamente ligados à vivência da juventude: políticas de educação, racismo, compromisso em contribuir com o movimento após o término da universidade e a questão LGBT.

“A gente teve a primeira conversa num seminário da juventude indígena no Maranhão, no início de 2017. Lá eu puxei essa pauta, por preocupação mesmo, porque no nosso Estado [Mato Grosso] a gente tem vários indígenas LGBTs e essa pauta não é falada. Eu puxei justamente para aqueles indígenas que estavam ali ajudarem a gente a pensar: ‘Por que falar desse tema? É necessário? É interessante?’. Quando teve o Enei na Bahia, por incrível que pareça, os organizadores do encontro colocaram um minicurso sobre esse tema”, conta Tipuici Manoki, recém-formada em ciências sociais pela UFMT, militante do movimento indígena e uma das lideranças do incipiente movimento LGBT indígena.

Na sala do minicurso, como foi chamado pelos organizadores, jovens indígenas compartilharam relatos e dúvidas. “Foi bem bom. Tinha professores, tinha lideranças participando. E os professores indígenas se mostraram bastante preocupados com essa pauta porque eles acham necessário falar sobre isso nas escolas indígenas. Eles se preocupam com isso porque… existe, né? Existem LGBTs indígenas”, diz Tipuici.

A conversa rendeu frutos, como conta Erisvan Bone, jornalista formado há dois anos pela UFMA: “A partir daí teve a ideia de a gente criar um grupo de LGBTs no Facebook pra discutir e pra levantar essa bandeira dentro das terras indígenas, pra que eles possam conhecer e respeitar os LGBTs. Porque alguns sofrem discriminação dentro de suas terras. Então é uma coisa que ainda tá criando asas, mas que a gente está querendo fortalecer. A gente está querendo conversar com as organizações de base que nós temos, que são a Coiab e a Apib, pra que elas possam levantar essa bandeira e possam discutir essa temática dentro dos nossos encontros, pra abrir um pouco a mente dos parentes”.

Existe índio gay?

Na opinião do antropólogo e professor da Universidade Federal de Rondônia Estevão Fernandes, autor do livro Existe índio gay? — A colonização das sexualidades indígenas no Brasil, o movimento indígena brasileiro “ainda é um pouco refratário a essa temática”. Segundo Fernandes, isso ocorre porque o movimento “é muito pautado ainda por questões dos anos 70 e 80: meio ambiente, demarcação”. Há “pouco espaço para pautar demandas como juventude, sexualidade. Ainda tem um pouco essa coisa de ‘não vamos prestar atenção nisso porque temos coisas mais importantes para pensar’”, opina o professor.

Uma percepção semelhante à do jovem Erisvan: “Quando a Tipuici tentou levantar isso em São Luís, a gente percebeu que algumas pessoas não gostaram do fato de ela falar como LGBT indígena”. Mesmo entre as lideranças há resistência, comenta a própria Tipuici: “Nós temos lideranças jovens no movimento nacional, no movimento estadual, que são LGBTs e que não falam do assunto. Têm medo, né? E eles estão corretos, porque eu creio que não vai ser aplaudido. O povo ainda é muito fechado. É um tabu dentro do movimento indígena”.

A questão foi pouquíssimo tratada também na área de pesquisa acadêmica, diz o antropólogo Estevão Fernandes: “Eu vi que fora do Brasil havia bastante pesquisa sobre LGBTs indígenas e aqui não havia. Então a minha pesquisa começou com esta questão: por que aqui não tem? Se fora do Brasil a questão de gênero e sexualidade é tão frequente nos movimentos indígenas, por que aqui ninguém pauta isso? Então acabou sendo um pouco a etnografia da ausência. O também antropólogo e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina Diógenes Cariaga complementa: “O que a gente não pode deixar de colocar em evidência é que todos os registros, tanto históricos quanto etnográficos [da sexualidade indígena], quanto o próprio registro da história da sexualidade em geral, são pautados por um discurso conservador da moralidade católica. Isso não é uma questão só que envolve a homossexualidade indígena; a história da homossexualidade é completamente construída sob um discurso que repreende, que nega”.

“O primeiro caso de homofobia que aconteceu no Brasil foi com um indígena tupinambá do Maranhão”, conta Tipuici. “Ele foi colocado na bucha de canhão e foi estraçalhado. A Igreja usou ele como exemplo pra que não existisse mais relação homoafetiva dentro da comunidade. Então a gente sabe que isso não é de agora: a proibição veio de fora – mas a prática é de dentro”.

Os jovens indígenas querem incluir o debate LGBT em sua luta

Segundo Fernandes “os relatos de matança de indígenas LGBT, como a gente chamaria hoje, ou homodesejantes, ou qualquer coisa que a gente chame no nosso léxico, são muito antigos. Era praxe, assim como era praxe estuprar uma indígena para tomá-la como escrava. A colonização necessariamente domina cada pedacinho da vida do colonizado, inclusive essa parte mais afetiva”.

Transposição de conceitos

Outro fator complica a pesquisa acadêmica na área: transpor os conceitos das teorias de gênero e sexualidade utilizadas no mundo não indígena pode levar a erros graves de interpretação, como explica Cariaga: “Quando se fala das práticas sexuais indígenas, nomeá-las enquanto homossexuais ou homoafetivas às vezes nem faz sentido, porque o contexto da prática ou a moralidade do grupo é completamente diferente da nossa. Em alguns casos, não faz parte do registro da sexualidade, da vida comum, essa ordem do discurso que nós temos, do tipo ‘duas pessoas do mesmo sexo fazendo carinho logo são homossexuais’. São dois modos de pensar o mundo muito diferentes. O próprio corpo nu. Quem impôs a cobertura do corpo dos índios foi o contato. Mais do que uma moralidade heteronormativa, a primeira forma de normatização desses corpos indígenas foi colocar roupa, introjetar uma noção de pudor, de vergonha”, diz o antropólogo.

Lavagem celebral das igrejas evangélicas homofóbicas

Nos dias atuais, a entrada massiva das religiões evangélicas nas aldeias também traz mais uma dificuldade para os indígenas que fogem do padrão heteronormativo. “Os neopentecostais causaram um êxodo tremendo de indígenas LGBT porque, mais que a Igreja Católica inclusive, eles têm ensinado aos indígenas como ter preconceito”, afirma Fernandes.

A homofobia presente na sociedade brasileira é outra dificuldade, como diz o jovem Erisvan. “A gente já sofre preconceito por ser indígena, já sofre o racismo, né? Então você ser indígena e ser um LGBT é sofrer um preconceito duplo.”Essas dificuldades não desanimam o grupo criado a partir do encontro no Enei. “A gente não quer se colocar nas caixinhas; por enquanto a gente está apenas falando de LGBTs indígenas, não é nem um movimento ainda. A gente ainda precisa discutir. Mas é necessário. Apesar de ser uma pauta que ainda está começando, a gente pretende ampliá-la para o movimento indígena”, diz Tipuici.

Erisvan fala dos próximos passos a serem dados pelo grupo: “Esse ano a gente pretende trazer esse tema no Acampamento Terra Livre, que é o maior evento que reúne os indígenas, pra ver qual vai ser a reação dos parentes. E a partir daí a gente vai começar a trabalhar mais a fundo. A gente está disposto a conversar numa boa, tentar explicar aos parentes que quiserem ouvir e compreender que nós temos LGBTs indígenas, sim, e que tem muitos que não se assumiram ainda, que estão guardando pra si e estão se sentindo muito mal. Eu acho que a galera precisa entender que toda forma de amar é possível e que os parentes precisam ser respeitados.”

O depoimento de Erisvan Bone, 28 anos, jornalista, indígena Guajajara

“A gente já sofre preconceito por ser indígena, já sofre o racismo, né? Então você ser indígena e ser um LGBT é sofrer um preconceito duplo”, diz Erisvan Bone.

“A gente já sofre preconceito por ser indígena, já sofre o racismo, né? Então você ser indígena e ser um LGBT é sofrer um preconceito duplo”, diz Erisvan Bone.

Dentro do meu povo, quando surgiram os primeiros LGBTS, eles estranhavam, não aceitavam muito. A aceitação dentro da própria aldeia foi com o tempo; as pessoas foram compreendendo que a pessoa gostava de outra pessoa do mesmo sexo, mas não foi da noite pro dia; foi um período longo. Hoje já é bem aceito, os LGBTs são bem respeitados, inclusive na minha aldeia, quando tem rituais do nosso povo, quem anima mais mesmo são os LGBTs. São eles que cantam, que dançam, eles vêm de saia, vêm montados, animam a noite toda… Então hoje os caciques mandam buscar esses indígenas que sabem animar.

Pra mim foi um processo meio complicado. Desde criança eu já sabia da minha orientação, só que sempre vem aquele receio da família. Eu me relacionava com outras pessoas escondido, ficava com medo de alguém saber, mas, quando eu tive que sair da aldeia pra estudar fora, minha mente foi abrindo um pouco mais e eu fui criando um pouco mais de coragem. Ouvi relatos de outras pessoas, relatos de amigos… E a partir daí decidi “sair do armário”, como o povo fala, né? Mas ainda com medo da aceitação da minha família, dos amigos, dos parentes. Tanto que eu me assumi mesmo pra minha família tem só sete meses. Ontem fez sete meses que estou namorando, e esse namoro foi o primeiro que eu assumi pra minha família e pra todo mundo, porque eu coloquei o status de “relacionamento sério”com ele no Facebook. Então causou aquele impacto, né?

Já levei ele na aldeia uma vez e foi muito bem recebido por todos, foi muito bom, muito gratificante, mas mesmo assim ainda tenho um receio. Não sei o que eles pensam, tem alguns que ainda olham meio torto… Mas a cada dia que passa a gente vê que a situação tá melhorando mais.

O depoimento de Tipuici Manoki, 30 anos, cientista social, povo Manoki

Tipuici Manoki, recém-formada em ciências sociais pela UFMT, é militante do movimento indígena e uma das lideranças do incipiente movimento LGBT indígena

Tipuici Manoki, recém-formada em ciências sociais pela UFMT, é militante do movimento indígena e uma das lideranças do incipiente movimento LGBT indígena Andre Oliveira Agência Pública

Aqui dentro da aldeia não tem pessoas assumidas. Embora eu milite pela causa, aqui na minha comunidade eu não falei sobre esse assunto ainda. Mas alguns jovens já conhecem essa pauta. Então por isso a nossa preocupação: como trazer pra dentro da comunidade? Porque os nossos mais velhos foram criados na missão [jesuíta] por padres, então é tudo muito proibido. Não era; mas se tornou depois que veio essa religião pra dentro da nossa comunidade.

Eu sempre soube [que era uma pessoa LGBT]. Mas depois que eu cheguei na idade de 14 anos, que você começa a descobrir os amores da vida, aí eu passei a me entender melhor. Eu não sei, talvez a gente nasça assim… não tem explicação, sabe? Mas pra assumir mesmo aqui na aldeia é complicado. A parte de ter que falar sobre isso… essa parte que é complicada. Ser, não.

Aqui na aldeia as pessoas mais próximas, que são meus primos, são as pessoas que sabem da minha orientação; mas no todo, na comunidade, acho que as pessoas sabem, mas não falam no assunto. E eu também não falo. Eu não me sinto obrigada a falar. Nunca um irmão ou irmã hetero chegou pra minha família e disse “ai, mãe, sou hetero”. E eu também não me sinto obrigada a fazer isso, não.

Eu acho que o motivo pra gente falar sobre esse assunto é porque nós existimos, nós estamos aqui! E às vezes nós somos invisibilizados pelo que nós somos. E nós também fazemos parte do movimento nacional, então por isso temos que falar disso

———————————

Esta reportagem faz parte do Especial Amazônia Resiste, da Agência Pública. Acompanhe a série e leia mais reportagens em apublica.org/amazonia-resiste. Matéria publicada pelo jornal espanhol El Pais.

There is no gay cure

Psicologia e Psicossomática

By José Joacir dos Santos, Psychotherapist

The more Israel makes access to libraries with ancient books and papyri the richer the knowledge of the written history of biblical times. With this, the contrasts of the Christian Bible vanish, clearing up doubts and clarifying misconceptions, even geographical, of writers and their times – there are many errors. The difficulty with this process is that it needs people who are specialized in languages, both current and ancient, that Brazil has not yet considered. College language courses are poor and useless. Let’s use as an example a living language and most spoken in the world: English. The Brazilian universities courses form English-speaking bachelors who cannot speak or pronounce basic words in English. Time and money is being wasted, until when?

We cannot point our finger to ignorance, but we are losing time. One of the pressing issues is homosexuality. Internet social groups are debating that issue every day, especially when one or another avid evangelical pastor tries to pass homophobic readings on the National Congress, based on the principle of ignorance and blindness that guides pastoral training courses in Brazil, of all Christian sects.

Formerly there were serious courses in theology, but today only three months, and even less, is enough for an individual who has never read more than the compulsory books of high school in his entire life, to be graduated as an evangelical pastor. Apart from money raised by evangelical sects and churches, and no small amount, the only goal of the clear majority of them is material enrichment. With the power of money, drawn from the misery of the people, they go to work politically to elect more pastors for public offices, hoping to one day make Brazil a religious, evangelical, fundamentalist, blind and backward country. They are doing a good job on that way, like is a conspiracy movement.

What is most surprising is to see people graduating from higher level universities, professing the evangelical sects ending up to be silent in the face of ignorant acts of moral repression of those sects. Some use a low and aggressive language like “gays go to hell”, “gay is an abomination”. There is also a non-evangelical group, which calls itself spiritualist, and would be linked to the White Brotherhood, which states on their website that “gays will not ascend.” The White Brotherhood, which I know well, must be with their hands on their ears with this ignorant and senseless noise. Who can point the finger in God’s name? People born gay. It’s a karmic issue. No matter how hard they try, no one manufactures gay individuals.

There is no evidence that Jesus has positioned himself against gays. Quite the contrary, the teachings of the Master, uncensored, teach love to others without distinction. One of his examples was to accept as a disciple the ex-prostitute Magdalene, who became closer to him than the male disciples – not because of her physical attributes, But because of the intelligence and sensitivity she had. What transpires from Bible’s study, from uncensored and directly translated versions of Hebrew and Aramaic, is that the apostle Peter was extremely jealous. He used to keep men far from Jesus and hated the close presence of Mary Magdalene or any other woman, including the mother of Jesus. There is a specific passage from one of these bibles in which the author says that Peter prevented homosexuals from approaching Jesus. Why did he behave like that? Did Peter want Jesus beyond fraternal love and did not know how to express himself, confusing everything?

It is known that in the culture of the people of the Middle East, since the time of Jesus, that the affective relations between men have always been kind, cordial, to the point of having exchanged kisses in public, go hand in hand, sleep together as still happens in the great majority of the countries of that region, both among the Arabs and between Muslim Arabs and non-Arabs and Jews. This also exists in Eastern countries such as Nepal and Tibet. So why are Brazilian evangelical pastors so homophobic? What is forbidden among Muslims is the kiss between man and woman, in public, but not between men. There are some poor interpretation of that, but it does not represent the entire picture.

The bible is full of wars record but also speaks of homo affective relationships. The life of King David, celebrated by Catholics, Protestants and Jews, is a wonderful example of the blindness and censure of Christian and evangelical sects in out timeline. As I mentioned in one of my books, King David was gay, had a lasting homo affective relationship with the son of King Saul, Jonathan (Samuel 17-18, page 404 of the Ecumenical Bible, Ed. Edelvives, Spain, 2015, translated directly from original texts in Hebrew, Greek and Aramaic), had 16 children with different women because procreation is not a physiological issue. What he did was to politically please those tribal chiefs who offered him virgin daughters as gifts for David’s fights in favor of those tribes.

Procreation was important, but it was also interpreted by Bible translators who had to satisfy the powerful of the Catholic and Lutheran Church. In biblical times, it was necessary to marry and have many children to keep the lands and to have soldiers for the wars. Who needs this nowadays, since humanity has reached exhaustive population limits? Even today Indian gays, Iranians, Arabs, Muslims, Americans are forced to marry and have at least one male child, to quiet and please the family on both sides. Regardless, they have their homo affective lives parallel, as is visible to those who live in New Delhi, Riyadh, Kathmandu, Kabul, Tehran, Cairo or any Iranian and Pakistani city. In Israel, where there is gay parade every year, gay life is full and active. Many gay Jewish men marry women to meet the demands of families, but nothing prevents them from being found in the gay bars and nightclubs of Tel Aviv. In Brazil, brave evangelical boys are already beginning to raise their voices, but the oppression of sects and church is great and families point the finger more strongly than the courts in the inquisition. It does not mean that some boys and girl can get married and be happy together.

The attempt of some evangelical pastors and part of the Catholic Church, as well as the Muslim fundamentalists and murderous groups acting in the name of Islam, is purely political. There is no link between sexuality and spirituality. Sexuality is purely physical, it belongs to the physical body, it is mortal, it is torn from the spirit and it follows its path in the proper dimensions of spirituality without the slightest remembrance of physical sexuality. In the Indian religions and sects this question was pure and simple until the arrival on that continent of the Protestant Queen Victoria, of England, who occupied India and Pakistan for many years. The strengthening of spirituality, which should be done by sects and churches, has nothing to do with the physical body. Spirituality is a thing of the divine spirit that exists in every human being, independent of religion. As Pope Francis said, “who am I to judge” a person for the sexuality?

The English had, at the time of that queen, a tradition of burning at a public campfire anyone who thought differently from the royal family in any aspect, including religious. King Henry VIII published several modified editions of the Bible to satisfy his own ego and better manage his sexual and political problems, with the help of his mistress Anne Boleyn, who would come to declare Queen of the British Empire and decapitate by betrayal – but the truth is he had his eye on another woman and wanted to change the bed. With genetic problems, he blamed the women for not having male children. The version of the bible translated by Anne Boleyn also had an enormous political imprint, with the intention of eliminating its opponents from the court. The concern was not the teaching of Jesus, as do the Brazilian evangelical sects and churches today, including in African, Asian, and other countries.

Homophobia has come to court in several countries around the world. In the United States, where most of the white and black population is evangelical, freedom for the gay population has only reached a few states. Even so, the World Health Organization, the mandatory body of the United Nations, to which Brazil is affiliated, has declared the definition of homosexuality as a disease to be inconsistent for more than 15 years. The American bodies, equivalent to the Brazilian Council of Psychology, removed from their lists the homosexuality like disease by lack of scientific foundation. In Brazil, the Federal Counsel of Psychology, although delayed in many aspects of mental health, also advises against the treatment or the so-called “gay cure”, for lack of scientific consistency.

Despite of that, the Brazilian National Congress, which lives taking care of the private and financial interests of deputies and senators, with the help of the popular vote, sleeps.

The subject is vulnerable in the hands of insecure, unhappy, avid editors and money from ultraconservative and fundamentalist evangelical groups who only think of using fear to suppress their followers and expand that ideology into non-evangelical but ignorant Brazilian society. The reading statistic among Brazilians is poor, compared to countries still in development. Many of those who join the ranks of evangelical brainwashing are uneducated, poor, emotionally vulnerable, full of fear, that fear that comes from the Old Testament, where the followers of Moses did not admit anything that was different from their own thinking – despite of the diversity among the Jewish tribes of that time. The situation was like this: an eye for an eye, a tooth for a tooth. Whoever does not agree with me is my mortal enemy and perishes at the stake.

Fear is the weapon of today’s evangelical churches – and there are many good and honest people lost in that big cake. Out of fear, they become millionaires and, without any embarrassment, transfer dollars to their accounts abroad, as the press often reports. What bothers most know about this is the fact that good evangelical people do not manifest themselves against that abuse committed in the name of Jesus, just as the good Germans did not raise their voices against Hitler’s killing – who had serious problems his sexuality.

What gays need to heal in psychotherapist practices the traumas of family repression, neighbors, schoolmates, teachers, pastors, priests and other religious leaders not the natural physical condition of being gay because that is not an emotional or a psychological issue – it is also hereditary. There are many gay, neurotic, repressed because of abusive of their family life. The family is the first group to repress, abuse, and demonstrate homophobic intolerance. Thousands of gay youths, if they are not murdered as they are in Brazilian states like Paraíba, must flee their home and their region to survive and have a free life. Yet they face the homophobic hatred of the churches tha should support them. Only those who are strong, who seek spirituality outside the sects, churches and family groups survive this cauldron. In Brazil of the present time only the strong survive, who fight for emotional health, who get rid of trauma and sexual abuse, who repudiate the harassment and who vote for political leaders able to leave the sex for their moments of privacy.

Homosexuality has never been and will not be a disease. There are brilliant gays throughout the history of mankind, even in present-day history, occupying positions that make a difference in the loving and healthy gaze of mankind. Those who try to come up with the so-called “gay cure” need to consult with specialized therapists who are free of this paranoia. The mental illness is the one who points the dirty finger trying to turn the table, as is the case of a frustrated former Brazilian psychologist. She had the professional registration canceled by the Federal Council of Psychology for malpractice, affiliated with evangelical fundamentalist entities, got a job in an office of evangelical politician and from there tried to manipulate Brazilian justice, which is sometimes blind.

 

Por que homens héteros fazem sexo com homens

Psicologia e Psicossomática

gayartigo

Por Miguel Ángel Bargueño (*)

Sim, você leu certo: homens que fazem sexo com outros homens e não são homossexuais. É mais habitual do que se pode imaginar. E é bem simples: um homem heterossexual conhece outro (num bar, numa rede social, tanto faz) e eles decidem fazer alguma brincadeira sexual. E, como se não bastasse, gostam. Depois, cada um segue com sua vida perfeitamente hétero, sem que o encontro os faça duvidar da sua orientação. O que leva alguns homens a essas práticas? E por que é incorreto catalogá-los como gays?

Hoje em dia, a aceitação da diversidade sexual é muito maior do que no passado. “À medida que há uma maior tolerância, todos saímos um pouquinho dos nossos armários”, argumenta o psicólogo, psicoterapeuta e sexólogo espanhol Joan Vílchez. “Homens que não chegam a se sentir muito satisfeitos sexualmente podem ter a chance de manter relações com outras mulheres, com um homem, ou de experimentar certas práticas que em outros tempos eram mais censuradas.” Para Juan Macías, psicólogo especializado em terapias sexuais e de casal, “conceitos como heteroflexível ou heterocurioso estão permitindo aos homens explorar sua sexualidade sem a necessidade de questionar sua identidade como heterossexuais”. Por outro lado, a Internet facilita o contato, que pode ser virtual ou físico.

A orientação sexual é construída socialmente, são categorias rígidas e excludentes, com implicações que afetam a identidade individual e social”

Os especialistas acham isso a coisa mais natural do mundo, pois partem da premissa de que uma coisa é a orientação sexual de um indivíduo, e outra as práticas que ele realiza. “A orientação sexual”, explica Macías, “é construída socialmente, são categorias rígidas e excludentes, com implicações que afetam a identidade individual e social”. Forçosamente, alguém precisa se encaixar em alguma destas três classificações: heterossexual, homossexual ou bissexual. Por outro lado, “a prática sexual é mais flexível e mais livre, é um conceito descritivo. Um espaço tremendamente saudável na exploração do desejo se abre quando a pessoa se liberta da identificação com uma orientação sexual”, diz Macías.

Isso é tão natural que vem de longe. Na Roma antiga, não era raro que um homem comprometido com uma mulher mantivesse um amante. Por não falar do que acontecia nos bacanais. E jovens de todas as épocas recorreram a passatempos com uma conotação sexual difusa. “Na adolescência é bastante comum que haja jogos de certa forma associados aos genitais: ver quem urina mais longe, ver quem tem o maior, existem toques…”, diz Vílchez. “Não deixam de ser incursões homossexuais, mas ainda prepondera o modelo heterossexual, e acontecem a partir da transgressão própria da juventude”, observa o psicólogo.

Um novo modelo: SMSM

Em 2006, um estudo sobre a discordância entre comportamento sexual e identidade sexual realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York revelou que 131 homens, de um total de 2.898 entrevistados, admitiram ter relações com homens apesar de se definirem como heterossexuais. Pelos cálculos dos especialistas, esse grupo representa 3,5% da população. Há anos, os médicos empregam a sigla HSH para se referir ao conjunto dos homens (héteros ou gays) que fazem sexo com outros homens. Mas, recentemente, aflorou outro acrônimo mais preciso para definir esse grupo: SMSM (“straight men who have sex with other men”, ou homens heterossexuais que fazem sexo com outros homens). Sites como o Straightguise.com se dedicam ao tema.

Em julho, saiu os EUA o livro Not Gay: Sex Between White Straight Men (“Não gay: sexo entre homens brancos heterossexuais”), em que a professora Jane Ward, da Universidade da Califórnia, fazia a seguinte colocação: uma garota hétero pode beijar outra garota, pode gostar disso, e mesmo assim continua sendo considerada hétero; seu namorado pode inclusive estimulá-la a isso. Mas e os rapazes? Eles podem experimentar essa fluidez sexual? Ou beijar outro garoto significa que são gays? A autora acredita que estamos diante de um novo modelo de heterossexualidade que não se define como o oposto ou a ausência da homossexualidade. “A educação dos homens tem sido bastante homofóbica. Fizeram-nos acreditar que é antinatural ter esses impulsos por outros homens”, explica Vílchez.

Experimentando, experimentando

O perfil mais estendido é o do explorador sexual: aquele a quem gosta de provar coisas novas

As motivações, logicamente, são múltiplas. O perfil mais difundido é o do explorador sexual, que gosta de provar coisas novas. “Experimentar uma relação homossexual é uma novidade para ele e, mesmo que ele goste, não podemos dizer que seja homossexual, e sim que goste dessa prática”, diz o médico de família e sexólogo Pedro Villegas. Vílchez compartilha dessa ideia. “A bissexualidade está muito na moda, e na verdade somos todos bissexuais: se você fechar os olhos, dificilmente conseguiria identificar quem está lhe acariciando, se é um homem ou uma mulher. Não há um homem que seja 100% homossexual, nem 100% heterossexual”, sentencia.

Outra das causas é um desencanto com as mulheres, frequente depois de alguns rompimentos conjugais. Vílchez explica: “Quando um casal heterossexual está em crise, é habitual que alguns homens sintam que não se entendem com as mulheres, que são incapazes de se dar bem com elas, e é como se olhassem para o outro lado. Acontece uma espécie de regressão, volta-se a um estágio anterior no qual os homens se sentiam bem juntos, como na adolescência. Em muitos casos é uma necessidade mais afetiva do que realmente sexual”.

De fato, para esse especialista, essas relações eróticas às vezes escondem uma necessidade de afeto que o homem não está acostumado a expressar. “Nos homens há muita tendência à genitalização. Entre a cabeça e os genitais há o coração, que representa os sentimentos, e os intestinos, que simbolizam os comportamentos mais viscerais e as emoções mais intensas, e é como se os homens tivessem aprendido a fazer um desvio: passamos da cabeça diretamente para os genitais, sem viver plenamente as emoções. No caso das mulheres, por tanta repressão da sua sexualidade e por medo da gravidez, acontece o contrário: elas têm muita dificuldade de genitalizar. Para um homem às vezes é mais fácil fazer isso do que expressar emoções mais sutis ou dizer a outro homem: ‘É que me sinto inseguro, tenho medo, sinto-me frágil, não sei o que quero’.”

O impulso narcisista

Entre os homens héteros que vão para a cama com outros homens também há muitos narcisistas. “É aquele sujeito que gosta que prestem atenção nele. Acontece muito nas academias de ginástica: ele gosta de despertar admiração, e não se importa se isso provém de homens ou mulheres”, aponta Eugenio López, também psicólogo e sexólogo. Outros simplesmente têm vontade de transar e recorrem a inferninhos gays, porque acham que lá será mais fácil.

Há homens heterossexuais que se envolvem com homens porque gostam; outros, por falta de alternativas – pensemos nos que são privados do contato com mulheres por períodos prolongados (será que eram mesmo gays os caubóis de O Segredo de Brokeback Mountain?). “O ser humano se rege por seus pensamentos”, argumenta López. “E, se ele acreditar que está perdendo sua sexualidade pela falta de uma mulher, pode reafirmá-la com outro homem. Costuma começar com um simples roçar.”

Se não houver conflito, não há problema

Alguns desses neo-heterossexuais podem ter sentido impulsos desse tipo no passado, mas sem se atreverem a dar o passo. “Aí vêm as circunstâncias da vida que colocam isso de bandeja e eles decidem viver a experiência, mas isso gera um conflito para eles, porque por um lado lhes proporciona prazer, mas por outro ameaça um pouco seu status e sua imagem: ‘Sou ou não sou?’, perguntam-se”, comenta Vílchez. Também podem ficar confusos aqueles que chegam ao SMSM pela carência de uma figura paterna positiva na sua infância: “Às vezes, para reforçar sua masculinidade, integram-se a atividades ‘de homens’ (futebol, musculação) ou têm contatos sexuais com outros homens, mas o que procuram é sobretudo compreensão e carinho”, acrescenta. Os psicólogos são unânimes em dizer que sua intervenção é dispensável quando essas experiências não provocam um conflito no indivíduo. “Se não estão incomodados, não há nada para tratar”, conclui Villegas. (*) Publicado no jornal espanhol El País, de 28 de agosto de 2015

Medicina Oriental Vidas Passadas Terapia Reiki Terapia Floral Xamanismo Fitoterapia Musicoterapia Oriental Psicologia e Psicossomática Monografias Agenda de Cursos Outros Assuntos Contato

Joacir

Email

Copyright © 2014 - Design by Internet Hotel. Todos os Direitos Reservados.